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Política

“Não sou centralizador, só cuido da torneira”, diz André Puccinelli

Edmir Conceição | 26/12/2011 20:19

Governador fala do seu estilo de administrar e lamenta dificuldades em dotar o Estado de infra-estrutura e logística para tornar produção mais competitiva

Governador aponta no mapa vazios de infraestrutura em todas as regiões do Estado. (Foto: João Garrigó)
Governador aponta no mapa vazios de infraestrutura em todas as regiões do Estado. (Foto: João Garrigó)

“Nunca centralizei o governo, eu só centralizo a abertura da torneira, as despesas”, disse o governador André Puccinelli ao receber editores do Campo Grande News para balanço de governo. Perguntado sobre seu estilo de governar, Puccinelli afirmou que está mais comedido, mas cobra eficiência e desempenho.

“Participo de todas as reuniões e decisões dos secretários, quero saber de tudo, mas eu só cuido da torneira”, insiste o governador, notando que até os cortes nas despesas são discutidos em conjunto, com toda equipe e cada secretário pode sugerir cortes em outra pasta e vice-versa. O governador disse que até o dia 6 de janeiro vai avaliar com cada um dos secretários o orçamento da pasta e planejamento de 2012.

O governador encerra 2011 sonhando com um programa que tenta viabilizar desde 2007 – dotar o Estado da infra-estrutura e logística de transporte, para ‘garantir competitividade aos nossos produtos’.

Puccinelli tenta, por meio de delegação federal, fazer a concessão onerosa e pedagiar a BR-163. Mas essa delegação passa por uma complicada engenharia política, que segue em curso, com a outorga da MS-040 (federalização). Isso assegura R$ 200 milhões para o Estado, que pode usar o dinheiro para preencher os vazios rodoviários. O governador cita a necessidade de implantação e pavimentação de rodovias entre Chapadão e Inocência e Cassilândia, Juti a Iguatemi.

Perguntado o que gostaria de ter feito e não conseguiu ainda, Puccinelli observa que as prioridades, no caso da infraestrutura, por exemplo, mudam de uma hora para outra, mas segue com as anotações das estradas e rodovias que precisam ser implantadas para garantir a expansão das atividades produtivas do Estado.

“Ninguém investe aqui”, aponta no mapa o governador, mostrando que a MS-320, entre Chapadão e Inocência, por exemplo, é uma região onde uma empresa chilena de celulose tem 50 mil hectares de terras para plantio de florestas.

“Gostaria que o Estado tivesse mais infraestrutura, tirando as ferrovias, que estão no PAC, baseado na necessidade. Apesar dos bons números apesar da satisfação de termos feito muito, ainda fica a sensação de que há muito por fazer”.

Segundo André, Mato Grosso do Sul possui um potencial muito grande, mas a falta de infra-estrutura amarra o desenvolvimento. “Ninguém ganha de nós na produção de álcool. Considerando a ensolação, a preciiptação, o solo, a topografia, nós produzimos mais cana que São Paulo, Paraná e Mato Grosso”. O governador afirmou que de tudo que já fez em infraestrutura, faltam 50% e do que falta fazer pretende realizar até o fim de seu governo pelo menos pouco mais de 20%.

Governador André Puccinelli - o controle nas mãos, mas com liberdade para secretários administrarem o orçamento. (Foto: João Garrigó)
Governador André Puccinelli - o controle nas mãos, mas com liberdade para secretários administrarem o orçamento. (Foto: João Garrigó)

Privatização do porto de Murtinho - André disse que a Antaque (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) está estudando a transferência do terminal portuário de Porto Murtinho e de Ladário ao Estado. Assim, espera que a logística de transportes melhore com a utilização da hidrovia.

O governador disse que há controvésias sobre manter ou não a política de pesca, mas ouviu de técnico da Embrapa Pantanal que se todas as regras fossem observadas, não haveria risco de extinção da fauna ictiológica, porque o que degrada é a utilização de petrechos como a rede. “Infelizmente, não se cumprem as regras e falta consciência”, diz.

‘Simone será prefeita, governadora ou senadora” - O governador André Puccinelli afirmou que sua vice, Simone Tebet, tem três perspectivas de futuro político. “Será governadora, senadora ou prefeita”.

Nas eleições de 2012, vai trabalhar para eleger seu candidato (do PMDB ou aliados), na Capital e interior. Em Campo Grande, Puccinelli diz que já conta como certa a coligação com o DEM, daí a inclusão de Henrique Mandetta no grupo de pré-candidatos da base governista. “Da minha parte já está consolidada essa aliança”, disse, sem apontar preferências.

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