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Política

Reforma no Ensino Médio não deve ser 'de cima para baixo', diz senador

Ricardo Campos Jr. | 23/10/2016 07:30
Senador de Mato Grosso do Sul escolhido como relator da comissão que analisa reforma do ensino médio (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Senador de Mato Grosso do Sul escolhido como relator da comissão que analisa reforma do ensino médio (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador de Mato Grosso do Sul, Pedro Chaves (PSC), relator da comissão encarregada de analisar a reforma do Ensino Médio, defende que as mudanças não sejam impostas pelo Governo Federal antes de uma discussão ampla com a sociedade. “A medida não é de cima para baixo, é participativa e todos vão ter a possibilidade de ajudar”, afirma.

Em entrevista ao Campo Grande News, o parlamentar disse estar feliz por encabeçar esse debate e acredita que a indicação é importante também para o Estado, cujos representantes, na opinião dele, são poucas vezes escolhidos para missões desse tipo.

Chaves é formado em Ciências Econômicas, mas tem especializações em Metodologia do Ensino Superior e Formação Universitária. Ex-professor de matemática do Senai, fundou a escola MACE e o Cesup (Centro de Ensino Superior de Campo Grande), que viria a se tornar a Uniderp (vendida ao grupo Anhanguera Educacional em 2006 junto com outros estabelecimentos de ensino).

“Vou contribuir com alguma experiência”, afirma o educador. Na opinião dele, as mudanças sugeridas pelo projeto estão sendo analisadas com atraso, uma vez que é clara a defasagem na metodologia empregada atualmente. Por isso, ele acredita que uma Medida Provisória é o melhor caminho para implantá-la, já que tem um prazo de 120 dias para ser debatida e apresentada ao Congresso Nacional.

“Devemos concluir os trabalhos através de audiências públicas. Vamos convidar o pessoal da Ubes (União Brasileira de Ensino Secundário), Une (União Nacional dos Estudantes), o Conselho Nacional de Educação, a União dos Secretários Estaduais de Educação, diversas associações e sindicatos. Serão ouvidas 30 entidades que vão fazer as exposições de suas ideias com relação à lei e incorporar o conhecimento para que seja aperfeiçoada”, explica.

O senador preferiu não comentar os pontos polêmicos e controversos da medida, como por exemplo a possível extinção de algumas disciplinas. Segundo ele, o texto tem cerca de quatro mil folhas por conter 567 emendas, que são sugestões dos colegas parlamentares para mudar, acrescentar ou retirar algum item do projeto.

“Eu ainda não posso aprofundar, pois todos os pontos do projeto têm uma explicação e uma justificativa. Cada ponto que a gente pode considerar polêmico, no fundo, tem a sua importância no contexto da aprovação do ensino médio. Não posso me manifestar antes das audiências”, pontua.

Na opinião dele, o importante é pensar que as discussões, ao fim, resultem “em um documento que vá ao encontro do desejo dos alunos, professores e da sociedade brasileira”.

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