Sudeste “ajuda”, e Dilma recupera aprovação após manifestações
A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações populares que se espalharam pelo País. Segundo dados de pesquisa Ibope/Estadão, a taxa de bom/ótimo do governo da petista cresceu de 31% para 39%.
A pesquisa também indica que as opiniões contrárias ao governo Dilma recuaram, e a taxa de ruim ou péssimo caiu de 31% para 24%. O levantamento foi encerrado na segunda-feira (19), e divulgado na noite de hoje (23).
A avaliação de que o governo é "regular" permaneceu em 37%. Apenas 1% não soube ou não quis responder. A recuperação ocorreu principalmente no Sul e no Sudeste, onde as taxas de aprovação cresceram 12 e 11 pontos porcentuais, respectivamente.
Para a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua, principalmente no Sudeste. "Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A presidente não está mais no foco das manifestações", afirma Marcia.
Ajudou também a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, e o aumento da confiança do consumidor. Nesta sexta-feira, 23, a Fundação Getúlio Vargas mostrou que seu índice de confiança cresceu 4,4% em agosto. "São todos indicadores concretos, que fazem diferença no dia a dia do eleitor", afirma a CEO do Ibope Inteligência.
A pesquisa Ibope mostra que a recuperação da popularidade de Dilma é lenta. Sinais de que sua imagem estava melhorando haviam sido detectados pelo Datafolha duas semanas atrás. Em comparação àquela pesquisa, a aprovação governo foi de 36% para 38% agora. Ainda está longe, porém, do patamar em que já esteve. Em março, a presidente chegou a 65% de ótimo/bom no Datafolha e 63% no Ibope.
A pesquisa Ibope-Estado foi feita entre os dias 15 e 19 de agosto. Foram 2.002 entrevistas face a face, feitas na residência dos entrevistados. A pesquisa tem abrangência nacional: foi feita em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. Sua margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.