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Política

Triplex no Guarujá e sítio em Atibaia levam PF ao ex-presidente Lula

Aline dos Santos | 04/03/2016 09:13
Lula (à direita) foi detido em operação da PF  nesta sexta-feira. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Lula (à direita) foi detido em operação da PF nesta sexta-feira. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Batizada de Aletheia, que significa “busca da verdade”, a 24ª fase da operação Lava Jato bateu à porta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após revelações de suposto favorecimento de empreiteiras nos casos de um triplex no Guarujá (litoral de São Paulo) e de um sítio em Atibaia (São Paulo). O ex-presidente nega as acusações.

Conforme a PF (Polícia Federal), são investigados crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no contexto de esquema criminoso revelado e relacionado à Petrobrás. Nesta sexta-feira, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva (quando a pessoa é detida para depoimento) no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Quanto ao triplex, o Ministério Público de São Paulo investiga irregularidades na construção venda dos apartamentos do condomínio Solaris. De acordo com o G1, os promotores paulistas suspeitam que a empreiteira OAS tenha reservado o imóvel para Lula e a família dele. E que o ex-presidente tenha comprado o triplex. O imóvel recebeu reforma de R$ 770 mil. Foi divulgada foto de Lula visitando o local.

A outra suspeita contra o ex-presidente tem endereço em Atibaia. No caso, um sítio cuja reforma teria sido paga por empreiteiras. Conforme a Folha Online, no cartório, o local é registrado em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula.

A propriedade tem mais de 170 mil metros quadrados, o que equivale a 24 campos de futebol, tendo piscina e um lago. O sítio começou a gerar polêmica quando surgiram suspeitas que a reforma foi feita por empreiteiras. O pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula e que está preso, teria oferecido a reforma.

A operação nesta sexta-feira conta com 200 policiais federais e 30 auditores da Receita Federal. Lula foi detido às 6h em sua casa, em São Bernardo (SP), e levado para prestar depoimento no aeroporto de Congonhas, também na capital paulista. A ação foi deflagrada um dia após o vazamento da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT), que acusa Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) tentaram atrapalhar as investigações da Lava Jato.

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