Vereadores de 1ª viagem chegam com fé e bandeiras
Os nomes são desconhecidos pela maioria dos campo-grandenses. Na periferia, na igreja ou em projetos sociais, ganharam espaço e padrinhos políticos, até chegarem à Câmara Municipal.
Dentre os que nunca tiveram mandato eletivo, em 2009, Campo Grande terá como vereadores Carlão (PSB), Professora Rose (PSDB), Mário César (PPS), João Rocha (PSDB), Lídio (PP), Flávio César (PT do B) e Herculano (PSC), todos apoiadores da reeleição de Nelsinho Trad.
Esta eleição marca também a entrada de dois partidos nanicos na Câmara, o PTdoB e o PSC.
O mais votado dentre os novatos, o terceiro entre o total de eleitos, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), desde 1984 "cava" um espaço na política. Ficou conhecido como representante das favelas, um dos criadores da UCAF (União Campo-grandense das Associações de Moradores em Favelas e Assentamentos).
Fundador da Associação de Moradores do Corredor da Nova Lima, zona norte da cidade. Participou da Comissão de Regularização de Favelas, do programa de desfavelamento do governo Pedro Pedrossian, mas entrou definitivamente para a política após ser diretor da Secretaria Municipal de Assuntos Fundiários, durante o mandato do ex-prefeito Juvêncio Cezar da Fonseca.
Carlão chega à Câmara com a mesma bandeira, continua ancorado na habitação.
Ele lembra que trabalhou muito quando o processo de remoção das favelas começou em Campo Grande. Segundo o vereador eleito, muitas vezes as famílias eram removidas para áreas onde a infra-estrutura era ainda pior do que o antigo lugar onde viviam.
