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Economia

Conab inicia estudo sobre realidade da perda de grãos

Redação | 15/10/2010 16:59

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está iniciando um estudo sobre uma das principais demandas do agronegócio brasileiro: saber quanto de grãos se perdem da colheita até a comercialização final. De acordo com a estatal, o Estudo das Perdas Quantitativas e Qualitativas na Pós-Colheita de Grãos do Programa de Abastecimento Alimentar, como foi chamado, é inédito no país.

"Não há dúvidas quanto à existência de perdas, o problema sempre foi mensurar essas perdas e suas causas", afirmou à Agência Brasil o coordenador executivo do estudo, Marilson Campos, doutor em engenharia agrícola e gerente de operações da Conab em Goiás. Na safra 2009/2010, o país produziu 149 milhões de toneladas de grãos e, de acordo com a companhia, cada 1% de perda representa prejuízo superior a R$ 500 milhões.

Campos informou que o estudo ainda está na fase de projetos e será feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Conab disponibilizará algumas de suas unidades armazenadoras distribuídas pelo país, além dos produtos necessários e técnicos para a realização de experimentos.

"A expectativa é de que, na próxima colheita, a partir de fevereiro do próximo ano, estejamos com os experimentos de campo. Mas, para chegarmos aos resultados, a expectativa da pesquisa é de no mínimo quatro anos", disse Campos.

Um dos experimentos que serão feitos consiste em avaliar a qualidade e a quantidade de grãos carregados nos caminhões nas áreas rurais e fazer o mesmo quando o produto chega aos armazéns, observando as perdas em diferentes tipos de estrada e também de condições de transporte. Também serão analisadas as perdas em armazéns de diferentes regiões, com climas diversos.

"Temos climas variados no país, e isso pode influenciar nas perdas, dependendo da região", afirmou Campos. Segundo ele, uma norma estabelece um mesmo índice de perda aceitável para todo o país, mas é possível que a pesquisa mostre a necessidade de que o índice seja regionalizado, pois existe carência de trabalhos técnicos na área.

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