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Economia

Seca prolongada causa perda de até 50% em Dourados

Redação | 06/01/2009 16:59

Em reunião com o prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), agricultores e entidades ligadas ao setor mostrar que as perdas causadas pela longa estiagem na região chegam, em média, a mais de 40%. O que, segundo o secretário de Planejamento e Agricultura do município, Maurício Peralta, já o suficiente para se decretar estado de emergência.

Durante a reunião, realizada ontem, cada entidade apresentou números das perdas, que oscilam entre 35% a 50%.

De acordo com o secretário, o prefeito só está aguardando apenas a resposta de duas comissões técnicas para assinar o decreto, uma que mostre o quadro definitivo da perda real da lavoura e ainda o parecer do setor jurídico para amparar a medida.

"Caso seja necessário decretar estado emergência, e é o que tudo indica, queremos ter todo o amparo jurídico para que seja reconhecido pelos governos estadual e federal", disse o secretário.

Para a caracterização da situação de emergência é necessário analisar a intensidade dos danos e os prejuízos sociais e econômicos causados pela estiagem.

"Em algumas propriedades a perda da soja foi de 30%, mas em outras chegou a 70%. Todo esse quadro é irreversível, não há solução", diz Peralta. De acordo ele, com a decretação de emergência tanto o município como os produtores rurais ganham benefícios para negociar as perdas causadas pela estiagem.

Mesmo antes de decidir assinar o decreto, Artuzi já tem o apoio de alguns vereadores do município. O vereador Gino Ferreira (DEM), líder ruralista de Dourados disse que a provável assinatura do decreto não tem com objetivo dar ao município acesso aos cofres do Estado ou da União, mas sim dar ao agricultor a possibilidade de renegociar suas dívidas num momento deliciado.

Bruno Tomazini, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados, explica que grande parte da soja cultivada é precoce e superprecoce. "O grande período de estiagem fez com que a planta florescesse sem desenvolver a vagem", explica, dizendo que esse ciclo será prejudicado, mesmo com as chuvas ocorridas nos últimos três dias. "Os maiores beneficiados serão os produtores que utilizaram o plantio tardio", explica.

Ainda conforme Tomazini, as chuvas ocorridas foram isoladas. "Teve propriedades vizinhas que chegou a chover em apenas uma delas, mesmo assim foram pancadas de chuvas que não são suficientes para resolver o problema da estiagem", destaca, informando que a região mais afetada compreende a extensão dos municípios de Fátima do Sul e Caarapó, onde produtores tiveram perda de até 100% da lavoura. (Com Informações do site Dourados Agora)

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