ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

PAC da Mobilidade prevê 500 pontos de ônibus cobertos na Capital

Aliny Mary Dias | 24/05/2014 07:55
Angélica depende de ônibus e dia de chuva é desafio (Foto: Marcos Ermínio)
Angélica depende de ônibus e dia de chuva é desafio (Foto: Marcos Ermínio)

Até o fim do ano, Campo Grande terá novidades em relação às obras que pretendem melhorar a vida de quem depende do transporte público e de motoristas que circulam em meio aos ônibus. Ao todo, R$ 180 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) serão destinados para construção de quatro terminais, 62 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus e 500 pontos cobertos.

O chefe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, explica que os projetos em fase mais avançada e que devem ser executados até julho desse ano são os que preveem a construção dos corredores de ônibus. Já os terminais e os pontos de ônibus cobertos devem ter obras iniciadas durante o segundo semestre.

Em dias de chuva como nesta sexta-feira (23), a falta de pontos cobertos revolta os usuários do transporte coletivo. Para resolver o problema, os projetos do PAC Mobilidade pretendem construir 500 pontos cobertos na Capital.

Para quem depende todos os dias dos ônibus, enfrentar o sol, a ventania e principalmente as chuvas é tarefa desafiadora. A doméstica Angélica Maria da Silva, 60 anos, mora no bairro Nova Lima e precisa ir até o Jardim dos Estados todos os dias.

Usuários precisam ter paciência enquanto pontos cobertos não ficam prontos (Foto: Marcos Ermínio)
Usuários precisam ter paciência enquanto pontos cobertos não ficam prontos (Foto: Marcos Ermínio)

Para embarcar de volta para casa, Angélica espera a condução na Rua Antônio Maria Coelho, em um ponto sem cobertura. “É um absurdo, se está sol a gente sofre e chove também. Eu espero que eles cumpram a promessa e coloquem cobertura porque nós precisamos muito”, diz.

Outro que testemunha o sofrimento de quem depende do transporte público é dono de uma oficina mecânica situada na Rua Marques de Lavradio, no bairro Tiradentes. Por estar em frente a um ponto sem cobertura, o toldo do comerciante se transforma em ponto improvisado.

“As pessoas se protegem aqui na minha loja e é bem complicado. Quando chove forte, fica todo mundo amontoado até dentro da loja, eu vou me mudar daqui em breve e quero ver como vai ficar”, diz.

Corredores e terminais - As barreiras serão feitas na Avenida Afonso Pena, Rua Brilhante, Marechal Deodoro e Gunter Hans. No sentido bairro-centro, os corredores seguirão da Marechal Deodoro, até a Avenida Bandeirantes e depois novamente a Afonso Pena, que terá os corredores nos dois sentidos.

No Tiradentes, toldo de oficina é alternativa para usuários (Foto: Marcos Ermínio)
No Tiradentes, toldo de oficina é alternativa para usuários (Foto: Marcos Ermínio)

Em entrevista na última semana, o diretor-presidente da Agentran (Agência Municipal de Trânsito), Jean Saliba, afirmou que as barreiras seriam físicas, mas Semy explica que os detalhes ainda estão sendo fechados. “Há a possibilidade de fazer barreiras com câmeras porque aí já resolveríamos o problema da segurança, mas tudo está sendo analisado e custará em torno de R$ 100 milhões”, diz.

No segundo semestre, as licitações da construção dos novos terminais na Avenida Cafezais, Rua da Divisão, na Avenida Tamandaré e no bairro Tiradentes devem sair. Os projetos estão orçados em R$ 20 milhões e também incluem a reforma do Terminal Morenão.

Nos siga no Google Notícias