ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Sete meses após recorde de mortes, DNIT põe radar em ponte entre curvas

Luciana Brazil | 18/11/2013 16:14
Em acidente no mês de abril, casal de idosos morreu depois de capotagem. (Foto: Dourados Agora)
Em acidente no mês de abril, casal de idosos morreu depois de capotagem. (Foto: Dourados Agora)

Sete meses após acidentes matarem sete pessoas em uma ponte entre curvas, entre os municípios de Rio Brilhante e Douradina, o DNIT (Departamento Nacinal de Infraestrutura de Transportes) instalou um radar para reduzir a velocidade dos veículos. O equipamento ainda não está em funcionamento, mas os motoristas já reduziram a velocidade durante o feriadão no trecho.

Com a fiscalização, a velocidade permitida será de 60 km/h. O local foi palco de vários acidentes e sete mortes, só neste ano. Em menos de 10 dias, durante o mês de abril, o número de mortes no trecho superou em 40% o total de vítimas fatais registradas no ano inteiro de 2012, quando cinco pessoas morreram.

De acordo com o DNIT, o radar ainda precisa passar por aferição do Inmetro para entrar em operação. A ponte fica localizada entre as cidades de Douradina e Rio Brilhante, e os quilômetros 290,1 até o 319,1.

Para o inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Tercio Baggio, o trecho é bem sinalizado e já recebeu obras de alargamento da pista, feitas pelo DNIT, no ano passado.

As características da pista também podem contribuir para o grande número de acidentes, conforme a PRF. “O trecho tem bastante curva e descida. Pelo fato de ser uma ponte, qualquer batida o veículo acaba batendo na cabeceira”.

O abuso da velocidade e as ultrapassagens indevidas são os principais causadores de acidentes, segundo o inspetor.

“O local foi amplamente sinalizado, está em excelentes condições. Não há motivos para tantos acidentes, a não ser pela má conduta do motorista”.

Acidente - Em um dos acidentes, um casal morreu no dia 26 de abril, no trecho sobre a ponte. Orlando Esteves, 72 anos, e Darci Rodrigues Esteves, 62, morreram na hora. Eles estavam em um caminhão que ia para São Paulo e capotou. O corpo dos dois ficou preso às ferragens.

Segundo a PRF, o acidente aconteceu porque uma carreta fazia uma ultrapassagem perigosa e foi em direção ao caminhão. Orlando tentou desviar da carreta, e acabou perdendo o controle do veículo, saindo da pista e capotando. 

No dia 18 do mesmo mês, três ocupantes de uma camionete morreram ao bater em um micro-ônibus com estudantes. A colisão ocorreu também sobre a ponte e matou o condutor da caminhonete, Silas Epefânio Medina Martinez, 47, o irmão dele, Rubens Medina Martinez, 51, e a esposa de Silas, Edenia Salviano Medina, 33.

Outros dois ocupantes do carro, Daniel, 4, e a irmã de Silas, Nélida Medina dos Santos, 49, foram levados para o Hospital da Vida, em Dourados. Outros 15 estudantes ficaram feridos.

Já no dia 20 de abril uma camionete S-10 colidiu contra a traseira de uma carreta, e caiu dentro do rio, matando o casal que estava dentro.

Sete meses após recorde de mortes, DNIT põe radar em ponte entre curvas
Nos siga no Google Notícias