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Cidades

Artigo sobre evangélicos causa polêmica e reverendo pode adiar culto

Edivaldo Bitencourt | 28/08/2013 15:23
Artigo sobre Marcha para Jesus causa polêmica (Foto: Marcos Ermínio)
Artigo sobre Marcha para Jesus causa polêmica (Foto: Marcos Ermínio)

A repercussão do artigo “Fundamentalismo evangélico – ameaça à democracia”, que critica o radicalismo de algumas lideranças evangélicas, pode levar o reverendo Carlos Eduardo Calvani a suspender o culto na Igreja Anglicana da Inclusão em Campo Grande. Leitores do Campo Grande News se dividiram sobre a opinião do padre.

Ele contou, por e-mail, que recebeu duas ligações anônimas de pessoas ofegantes na manhã de hoje. Como não dispõe de binas no aparelho telefônico, o reverendo, que está há três anos em Campo Grande, ficou assustado com a repercussão. Ele contou que sua esposa está preocupada com os filhos do casal, que são pequenos.

O reverendo só manifestou sua opinião com o objetivo de contribuir com o debate sobre o fundamentalismo de alguns evangélicos, como o pastor Silas Malafaia, que condenou os gays e defendeu a conquista dos meios de comunicação.

“Não esperava essa repercussão”, contou o reverendo, que pediu para o Campo Grande News retirar o artigo do ar.
“Tenho vários familiares evangélicos, não estou generalizando”, justificou-se. Ele disse que o problema não é a crença protestante, mas o fundamentalismo religioso. “Nem todos concordam com esse grupo que controla os meios de comunicação”, frisou.

Reverendo condenou fundamentalistas como Malafaia (Foto: Marcos Ermínio)
Reverendo condenou fundamentalistas como Malafaia (Foto: Marcos Ermínio)

Favoráveis – A opinião do reverendo repercutiu entre os leitores do Campo Grande News. “Finalmente, alguém disse alguma coisa sobre estes fanáticos, donos da verdade, depois que as pessoas menos esclarecidas passam por uma lavagem cerebral, fazem tudo que estes pregam, e até dão dinheiro para eles, vendem objetos da família para dar a igreja (pastores), causando até separação entre as famílias que não concordam que seus membros entre numa fria destas”, comentou o leitor Jorge F. dos Santos.

“Não seria exagerou dizer que, no futuro, poderemos ter um fundamentalismo cristão tão radical quanto o islâmico, inclusive, podendo chegar a se militarizarem”, afirmou Luciano Bandeira. “Estamos cercados, de um lado, os evangélicos, donos da verdade absoluta, do outro, políticos corruptos em busca de poder e grana. E o pior, os dois estão se tornando um só”, frisou Roberto Silva Pereira.

“Infelizmente, reverendo, esse futuro sombrio nos espera. A história é ciclíca”, alertou outro leitor, Ricardo Rodrigues. “Esses fanáticos buscam o retorno da idade das trevas, visando, lógico, unicamente, o poder e riqueza que vários deles já detém a custa da ignorância dos analfabetos funcionais”, concluiu.

“Há 10 anos venho vivendo a penitencia de denunciar esses por conta das mais variadas entidades religiosas que se alastram por nossa cidade e estado”, comentou Cláudio Moreira. “Um pouco exagerado o texto, porém olhos abertos, pois a bancada evangélica quer dinheiro e poder e nada melhor que o cenário político para unir o ‘útil ao agradável’”, disse Jonas Tralli.

“Parabéns ao reverendo pela coragem de postar esse artigo. Acho que todas as formas de fé têm o seu valor para o indivíduo, mas gostaria de saber por que sempre vejo motoristas de carros com adesivos de igrejas diversas estacionando em vagas para deficientes, bloqueando rampas de acesso de cadeiras de rodas, estacionando em local proibido, avançando sinal vermelho”, alertou Cláudio Fernandes.

Outro leitor, Raphael Victor, que se diz fiel da Congregação Cristã no Brasil, diz que religião e política “são coisas totalmente diferentes, e não deveriam jamais ser misturadas”.

Evangélicos participam de marcha pelo centro da Capital  (Foto: Marcos Ermínio)
Evangélicos participam de marcha pelo centro da Capital (Foto: Marcos Ermínio)

Revolta – Mas o artigo do reverendo Calvani também causou revolta e protestos de alguns leitores. “Prefiro ser um fundamentalista religioso que tem sua esperança pautada em um Cristo restaurador e curador, do que viver uma fé relacionada em meus próprios meios, sendo escravo da bebida e do fumo e de um mundanismo que compara Cristo com Raul Seixas”, criticou Reginaldo Paiva.

“Artigo totalmente desnecessário, ao meu ponto de vista. Acho que o reverendo deveria ler mais a bíblia, estudar mais Deus e menos religião”, protestou Edson Bobadilha. “Artigo eivado de sandices. Coloca todos os evangélicos no mesmo saco. Não sei é da mesma igreja, mas que saudades das palavras honestas, abalizadas, sem rancor”, afirmou Alcenair Nobre, citando Dom Robinson Cavalcante.

“Infeliz entendimento! O que dizer do autor dessa matéria, que Deus tenha misericórdia de tuda vida! O Brasil vai sim se tornar um país de maioria evangélica!”, brada Israel dos Santos.

“Senhor reverendo, como pode dizer que os evangélicos são um perigo para o estado laico, se o senhor não reconhece e não respeita isso, como deixou muito claro nas bobagens que escreveu”, afirmou Alfredo Sandim.

“Esse reverendo pode ir a um presídio entrevista os encarcerados, que poderá comprovar que a maioria deles são católicos. Nós evangélicos fomos libertos da idolatria da qual os católicos ainda estão presos, por isso seus líderes são contra o verdadeiro evangelho de Cristo”, condena Olice Trelha.

“Fico muito entristecido com este comentário deste dito Reverendo, uma vez que suas palavras demostram que ele defende a bandeira LGBT e não uma opinião livre de ideologias pessoais, penso ainda Reverendo que o Sr. Está tão envolvido com o movimento LGBT que é legitimo e respeitado por nos Evangélicos”, comenta outro leitor, Sandro Martinez.

O Campo Grande News mantém o artigo no ar.

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