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Capital

Adolescente diz à Polícia que deu gravata em colega e que ele se feriu após cair

Francisco Júnior | 04/04/2012 16:29

Agressão aconteceu no dia 27 de março durante aula de artes

Adolescente (camiseta vermelha) deixa a delegacia acompanhado do advogado e do pai após prestar depoimento. (João Garrigó)
Adolescente (camiseta vermelha) deixa a delegacia acompanhado do advogado e do pai após prestar depoimento. (João Garrigó)

O adolescente de 15 anos que agrediu um colega de sala durante aula de artes, na escola municipal Rafaela Abrão prestou depoimento nesta quarta-feira (4), na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e a Juventude), em Campo Grande. Ele estava acompanhado do pai e de um advogado.

De acordo com a delegada Maria de Lourdes de Souza Cano, responsável por investigar o caso, o adolescente confirmou que deu uma gravata na vítima, mas negou que tenha dados socos no rosto dela. Ele disse que deu o golpe após ser atingido por respingos de água do pincel que a vítima segurava. “Ele disse que quando deu a gravata, o garoto desmaiou e ao soltá-lo acabou batendo com o rosto no chão”.

Conforme Maria de Lourdes, o agressor não tinha motivo para espancar a vítima. “Não teve motivo, foi algo insignificante, sem nexo, sem parâmetro”, disse a delegada. Segundo ela, o adolescente perdeu o controle. “Percebo que ele perdeu o controle. Não que isso justifique o comportamento agressivo”.

Após 1 hora de depoimento, o adolescente foi liberado e saiu da delegacia sem falar com a imprensa.

Devido a agressão, a vítima, que tem 12 anos, sofreu hematomas no olho esquerdo, além de um ferimento na testa.

Casos de violência em escolas públicas e particulares casa vez mais vem se tornando comuns em escolas de Campo Grande. Segundo o conselheiro tutelar Marcelo Marques, neste ano, aumentou as ocorrências deste tipo. Foi ele quem fez o atendimento ao garoto agredido pelo colega de sala.

De acordo com o conselheiro, o que impressiona é a idade dos envolvidos nestes casos. “São crianças de 8,9, 10 anos. Tivemos um caso no ano passado em que um garoto de 10 anos de um soco no outro da mesma idade”.

Para Marcelo Marques, os pais têm que se preocupar mais com a educação dos filhos. “O papel de educar não é da escola e sim dos pais. A escola tem que passar conhecimento”, disse.

O conselheiro informa que o garoto agredido receberá acompanhamento psicológico.

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