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Capital

Agepen admite falha na segurança após preso fazer reféns com pistola

Aline dos Santos e Ítalo Milhomen | 02/05/2011 14:44
Diretor da Agepen, ao centro, acredita que arma entrou desmontada durante visita. (Foto: João Garrigó)
Diretor da Agepen, ao centro, acredita que arma entrou desmontada durante visita. (Foto: João Garrigó)

Menos de uma semana depois de passar por um pente-fino, o dito presídio de Segurança Máxima de Campo Grande foi cenário hoje de uma tentativa de fuga protagonizada por um preso armado com uma pistola semi-automática calibre 635.

Depois da liberação dos reféns, representantes do sistema penitenciário, que participaram de entrevista coletiva, foram unânimes num ponto: ninguém sabe como a arma entrou.

O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete de Oliveira, admitiu falha na segurança e acredita que a arma possa ter entrado na visita do fim de semana.

“No sábado e no domingo, cerca de 600 pessoas visitam os presos. Acredito que arma possa ter entrado desmontada, em pedaços”, afirma. O presídio tem 1700 presos.

Agora, será aberto procedimento de investigação para saber como a pistola foi parar dentro da unidade prisional. A ação foi considerada como um ato isolado, pois os demais presos não deram inicio a uma rebelião.

Versões – Na versão oficial, os presos Carlos Henrique da Silva e Adilson Pereira saíram da cela porque pediram atendimento médico. Escoltado por um agente, eles foram levados do pavilhão 2 até o setor de saúde do presídio.

Porém, quando passavam pelo setor administrativo, Carlos Henrique teria se dirigido para o portão do presídio e ordenado que o agente o acompanhasse. O profissional disse que ia tomar água e, na cozinha, soou o alerta.

Em seguida, os presos, armados com uma pistola, levaram o agente para a área de saúde. Lá, um médico também foi rendido. Ao todo, dez servidores foram impedidos de deixar o local.

A versão inicial é de que os presos tentaram fugir e foram flagrados por policiais nas guaritas, dando início a troca de tiros. Em seguida, a dupla rendeu profissionais – psicólogos, professores e dentistas – que estavam no pátio.

Os presos se renderam depois de duas horas. A esposa e o advogado de Carlos Henrique foram levados ao presídio. Ele foi um dos lideres da rebelião de 2006, realizada no Dias das Mães.

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