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Capital

Chuva inunda barracos de desalojados pela prefeitura na Moreninha IV

Viviane Oliveira | 06/12/2011 23:15

Famílias reclamam da falta de estrutura que estão vivendo em uma área improvisada pela Emha

O barraco estava alagado e as crianças dormiam debaixo da chuva fina que passava pela lona furada. (Fotos: João Garrigó)
O barraco estava alagado e as crianças dormiam debaixo da chuva fina que passava pela lona furada. (Fotos: João Garrigó)

Aproximadamente 68 famílias reclamam da falta de estrutura que estão vivendo em uma área improvisada pela Emha (Empresa Municipal de Habitação) no bairro Moreninha IV em Campo Grande. Elas estavam em um lote de 25 hectares da prefeitura e foram removidas para outro local até serem construídas as 482 casas populares.

As famílias alegam que tiveram pouco prazo para retirar os barracos da área invadida e se alojarem em outra cedida pela Emha. O autônomo Ademir Aleixo de Souza, 49 anos, disse que a prefeitura deu uma semana para eles saírem de lá.

“A minha casa tinha duas peças e era de alvenaria, agora moro em um barraco improvisado”, disse Ademir. Segundo ele, a empresa de habitação não deu estrutura para eles construírem outro ‘barraco’ com mais estrutura.

Por causa da forte chuva de hoje muitas casas ficaram alagadas. Os barracos construídos com as lonas doadas pela Emha não resistiram à força do vento e foram destruídos.

O lavador de carros Everton Cristiano Dourado Brandão, 25 anos, mostrou o barraco onde está morando com a esposa e quatro filhos com idades de 8, 7, 4 e um bebê de 1 ano e dez meses.

O local estava alagado e as crianças dormiam debaixo da chuva fina que passava pela lona furada. “Eles deram um prazo muito curto para construção de barracos mais reforçados”, alegou o lavador de carro.

Conforme ele, outro motivo também é a falta de dinheiro para construção de casas mais reforçadas. “A outra casa, onde morávamos tinha mais estrutura. Hoje fomos surpreendidos pela chuva”.

O servente de pedreiro Francisco Vicente Ferreira, 62 anos, disse que tábua e telhas seriam o suficiente para não as famílias não passar apuro nesta época de chuva. “Nós estamos aqui sem assistência”, finaliza.

O diretor presidente da Emha, Paulo Matos, informou que a mudança foi com o objetivo de dar comodidade para as famílias. Segundo ele, uma equipe da prefeitura acompanhou a remoção para ver o que precisariam de material.

“Eu já estive na área e conversei com eles. Tudo está sendo feito com o consentimento deles”. Paulo explica que a saída rápida deles da área foi para as casas serem construídas com mais rapidez. A previsão para o término da construção é de dez meses.

“Quanto mais rápido eles saíssem de lá, mais rápido possível serão construídas as casas populares”, afirma o diretor que após ser informado do que estava acontecendo, mandou uma equipe no local para resolver a situação.

Segundo o presidente serão construídas 482 casas populares para atender a demanda da região. As obras irão gerar 2 mil empregos durante a obra do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) II, informou.

Serão investidos R$ 24 milhões na construção das casas, pavimentação asfáltica, implantação da rede de água, esgoto e energia, além de equipamentos urbanos como praças, creches e escola.

As famílias alegam que não tiveram tempo e nem condições financeiras para construção de barracos com mais estrutura.
As famílias alegam que não tiveram tempo e nem condições financeiras para construção de barracos com mais estrutura.
Os moradores foram surpreendidos com a forte chuva que caiu nesta tarde.
Os moradores foram surpreendidos com a forte chuva que caiu nesta tarde.
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