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Capital

Educação avalia afastar diretoria de escola que protagonizou estupro

Bruno Chaves | 14/04/2014 16:34
Delegada (esquerda) e secretária de Educação (direita) em coletiva de imprensa (Foto: Cleber Gellio)
Delegada (esquerda) e secretária de Educação (direita) em coletiva de imprensa (Foto: Cleber Gellio)

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) abriu sindicância para apurar o caso de estupro do menino de 10 anos ocorrido na Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande. A diretoria do colégio poderá ser afastada definitivamente ou temporariamente.

Em entrevista coletiva, realizada na tarde desta segunda-feira (14) na sede da Semed, a secretária municipal de Educação, Angela Maria Brito, explicou que ficou sabendo do caso pela imprensa. “Imediatamente enviamos apoio psicossocial e técnicos da nossa gestão à escola para que soubéssemos o que ocorreu”, disse.

Angela disse que funcionários da escola Consulesa Trad estão sendo ouvidos e até o momento não se sabe direito o que aconteceu. “Existem muitas contradições. Vamos tomar medidas necessárias com a gestão da escola e, se for necessário, como medida emergencial, poderemos afastar temporariamente ou definitivamente a direção”, avisou.

Já a delegada que investiga o caso, Aline Gonçalves Sinnott Lopes, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), afirmou que se for constatada participação de profissionais da escola no crime, o caso será encaminhado para delegacia competente.

Inspetores – Ainda durante a coletiva de imprensa, a secretária de Educação lembrou que está em andamento um concurso de inspetores de colégios municipais. Ao todo, 102 monitores de colégios serão chamados para o trabalho. A ação deve ocorrer em 30 dias.

Ângela não precisou a quantidade de inspetores que atuam na Escola Consulesa Trad. Mas disse que cada centro educacional possui o número necessário de inspetores para a quantidade de alunos. Ao todo, a escola onde ocorreu o estupro possui cerca de 2,3 mil estudantes.

Abuso – Em depoimento à polícia, o menino de 10 anos disse que foi estuprado na Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad. Os abusos começaram como constrangimento quando a vítima tinha oito anos de idade e sempre ocorriam nos banheiros do colégio.

A violência sexual sofrida pelo garoto foi descoberta no dia 10 de abril. Conforme a família da vítima, o jovem nunca relatou nenhum episódio de violência. Depois de mais uma sequência de abusos, o jovem sentiu dores e coceiras no ânus.

Ele pediu ajuda para a mãe, que decidiu levá-lo ao posto de saúde. Na unidade, a médica fez exames iniciais e constatou a existência de duas fissuras na região anal. Os acusados possuem 13, 14 e 15 anos e estão internados na Unei (Unidade Educacional de Internação).

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