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Capital

Em júri, homem que pilotou moto diz que só deu carona a matador de vereador

Francisco Júnior e Luciana Brazil | 26/09/2012 09:59
Aparecido chegando no plenário do Tribunal do Júri. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Aparecido chegando no plenário do Tribunal do Júri. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Aparecido Souza Fernandes, 35 anos, envolvido na morte do vereador de Alcinópolis, Carlos Antônio da Costa Carneiro, durante julgamento nesta quarta-feira (26), em Campo Grande, negou participação no homicídio.

De acordo com os autos, Aparecido foi apontado como condutor da motocicleta em que estava Irineu Maciel, homem que efetuou os disparos que mataram o vereador. Irineu já foi julgado e condenado a 19 anos de prisão.

Aparecido disse que não sabia que Irineu iria matar o vereador naquele dia, 26 de outubro. Afirmou que deu apenas uma carona para o comparsa até o local do crime, em frente ao hotel Vale Verde, na avenida Afonso Pena. “Eu o levei até lá porque ele precisava”, afirmou durante depoimento.

Ele disse ainda que receberia de R$ 10 a 15 reais para levar Irineu até o local. Pediu desculpa para familiares da vítima e afirmou que não queria “estar ali”.

Irineu também prestou depoimento hoje como declarante. O pedido para que ele fosse ouvido novamente foi feito pela promotoria.

Parentes do vereador acompanham o julgamento. A viúva de Carlos Carneiro, Nara Simone Silva Carneiro, de 39 anos, acredita na condenação de Aparecido e espera que a justiça seja feita. Ela disse que passado quase dois anos da morte do marido, está tentando reconstruir sua vida. “Eu estou reconstruindo minha vida, mas as minhas filhas não vão ter mais o pai delas”.

O atual prefeito de Alcinópolis e pai do vereador, Alcino Carneiro, 78 anos, conta que recentemente foi ameaçado de morte. Segundo ele, uma mensagem que recebeu em seu celular afirmava que era para “aproveitar que o tempo estava acabando”. O número que originou a mensagem foi identificado, mas não tinha procedência.

Alcino tornou acusar o prefeito afastado de Alcinopolis, Manoel Nunes da Silva (PR), de ser o mandante do crime. Manoel chegou a ficar preso em julho do ano passado, mas já está em liberdade.

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