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Capital

Falta de mão-de-obra no Incra "emperra" cadastro de famílias na reforma agrária

Alan Diógenes e Zana Zaidan | 05/05/2014 21:16
Cerca de 900 pessoas ocuparam o prédio do Incra para reivindicar lotes. (Foto: Cleber Gellio)
Cerca de 900 pessoas ocuparam o prédio do Incra para reivindicar lotes. (Foto: Cleber Gellio)

O superintendente Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Celso Cestari, informou aos integrantes do MST, sobre a falta de funcionários na entidade, que prejudica o cadastro das famílias que ainda não receberam os lotes. Se essas pessoas não se cadastrarem, a instituição fica impossibilitada de fazer a distribuição das áreas solicitadas.

De acordo com Celso Cestari, parte das 20 mil famílias que moram em 120 acampamentos pelo Estado, não possuem cadastro no Incra. Elas encontram dificuldade de acesso para conseguir se cadastrar. “Temos poucos funcionários para irem aos assentamentos e fazerem o cadastro. Os trabalhadores que temos trabalham nas vistorias das áreas a serem desapropriadas”, destacou.

Segundo Cestari, de janeiro do ano passado até este mês, 16 funcionários deixaram o Incra. Desses, 13 se aposentaram e os outros três pediram demissão. “Eles foram em busca de salários melhores, e não serão repostos porque o último concurso já perdeu a validade. Só quando o Governo abrir outro concurso, é que vamos repor o quadro”, informou.

Mesmo com a dificuldade, o superintendente garantiu que o cadastro único exigido para que as famílias sejam assentadas, já é suficiente. “Fiquem tranquilos. Estando no cadastro único é suficiente para estar na lista de quem vai receber um lote”, afirmou.

Cerca de 900 membros do MST ocuparam o prédio do Incra nesta segunda-feira (50) para pedir que 3,5 mil famílias sejam assentadas no Estado. Após a apresentação das propostas por Cestari, as famílias decidiram deixar o prédio às 19h, e retornaram para os municípios onde moram.

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