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Capital

HU diz que avisou Central de Regulação sobre falta de leito para receber idoso

Flávia Lima | 22/02/2016 13:58

A direção do HU (Hospital Universitário) Maria Aparecida Pedrossian, na Capital, afirmou, através de sua assessoria, que informou a Central de Regulação de Vagas sobre a falta de leitos para receber o idoso Sebastião Nogueira da Silva, 62, que morreu na madrugada desta segunda-feira (22), após esperar por oito horas uma vaga no hospital.

Ele havia sido transferido de Costa Rica para Campo Grande, na tarde deste domingo (21) e chegou ao HU por volta das 16h30 e apesar da família apresentar uma guia de internação, confirmando a liberação da vaga pela Central, o hospital se recusou a receber o paciente, alegando falta de leito e de respiradores, aparelhagem essencial para atender o idoso, devido ao seu estado grave de saúde.

A assessoria do HU confirma que recebeu o pedido de internação da Central no final da manhã, mas avisou que não contava com vagas e nem respiradores disponíveis. Entretanto, por volta das 16 horas, o paciente chegou à porta do hospital dentro de uma ambulância, onde permaneceu.

Ainda segundo a direção, o hospital comunicou novamente os gestores da Central de Regulação que não conseguiria atender ao paciente. Às 19 horas, chegou a informação de que o paciente seria direcionado para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, o que de fato aconteceu, mas somente por volta de meia-noite.

A direção do HU afirma, através da nota, que tem operado acima da capacidade. Atualmente, a unidade conta com 51 pacientes internados para 17 leitos no pronto atendimento médico e ressalta que o hospital tem mantido contato frequente com gestores municipais e estaduais para encontrar soluções visando melhorias no atendimento da população.

A assessoria também confirma que tem ocorrido problemas no encaminhamento dos pacientes pelas secretarias de Saúde do Estado e da Capital. Na nota, a assessoria destaca que devido a unidade ser de caráter universitário, deveria funcionar como um apoio à rede hospitalar, não podendo, dadas suas características voltadas ao ensino e à assistência, ser a única opção para casos de saúde graves e que necessitem de atendimento emergencial.

Enquanto aguardava a vaga, o idoso permaneceu na ambulância, onde chegou a ter uma parada cardíaca e foi reanimado por socorristas.

Sebastião só conseguiu atendimento após a família procurar a polícia, no entanto, mesmo após ser levado para o HR, ele não resistiu e morreu na madrugada desta segunda-feira.

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