Internação por diarreias cai 91% devido avanço do saneamento básico na Capital
A taxa de internações por diarreias em Campo Grande caiu 91% em 2015, na rede pública de saúde, devido ao acesso da população ao saneamento básico. Em 2003, a cada 100 mil habitantes, 157 eram internados e em 2015, o número caiu para 13 internações, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Há 12 anos, apenas 47 mil imóveis da Capital tinham acesso a rede de esgoto. Com o Sanear Morena, lançado em 2006, a rede de coleta de esgoto praticamente triplicou, passando de 29% para mais de 80% em 2015, chegando a 214 mil residências.
O estudo aponta também a quantia gasta com internações, sendo que em 12 anos, o valor passou de R$ 48.336,37 para R$ 10.763,45 a cada 100 mil habitantes.
Outro número que chama atenção é o de óbitos que caiu 65% em decorrência da diarreias. Atendimentos a crianças com sintomas da doença também caíram 23%.
De acordo com o Instituto Trata Brasil crianças menores de 5 anos representam mais da metade das internações por diarreias no país. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o saneamento é a maior causa de aumento de longevidade da população mundial.
Conforme o presidente da Águas Guariroba, José João Fonseca, a terceira fase do programa Sanear Morena vai avançar em mais de 2 mil quilômetros de rede de esgoto. "Somos a capital que mais investe em saneamento por habitante e estamos trabalhando para fazer de Campo Grande uma das primeiras com 100% de esgoto tratado e coletado", afirma.
