Laudo aponta duas hipóteses para contaminação de merenda em escola
Contaminação do alimento ocorreu no intervalo entre a pós-preparação até o momento em que foi servido
Distribuição dos alimentos em temperatura inadequada e conservação e manuseio após preparação. Estas são as causas apontadas pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) para a contaminação da merenda na escola municipal de tempo integral Iracema Maria Vicente, em Campo Grande.
Na semana passada, 180 crianças apresentaram sintomas de intoxicação após o almoço. O primeiro laudo, divulgado na segunda-feira, constatou a presença da bactéria estafilococos na comida pronta e misturada.
Hoje, saiu o resultado da análise de cada componente da merenda: ovos, salsicha, frango, leite em pó, pão, gelatina e carne bovina moída. Todos tiveram resultado negativo para presença do microorganismo. O exame individualizado de cada componente da merenda só foi feito com a versão sem preparo.
Desta forma, confirma a hipótese de que a contaminação do alimento ocorreu no intervalo entre a pós-preparação até o momento em que foi servido.
O Lacen ressalta que se o alimento tivesse sido contaminado após preparo e fosse armazenado em refrigeração e manuseado corretamente, a formação de toxina, resultante da alta reprodução bacteriana, não teria ocorrido.
Na semana passada, o órgão havia excluído a água como responsável pela intoxicação das crianças. Os alunos apresentaram sintomas como vômito e diarréia.
Na escola de tempo integral do bairro Rita Vieira, em Campo Grande, são servidas duas mil refeições diárias. Modelo, o colégio tem 557 alunos, de 6 a 11 anos, e funciona em tempo integral.