MPF apura permanência de médico cassado no quadro do Exército
O MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito civil para apurar a legalidade do médico Marcus Vinicius Carreira Bentes, cassado pelo CRM/MS (Conselho Regional de Medicina), permanecer no Exército como major.
Denunciado por abuso sexual, o profissional teve a cassação definitiva do registro publicada em julho deste ano. A denúncia foi feita por uma paciente do Hospital Geral de Campo Grande em 2007. A mulher denunciou que o médico urologista pediu que ela levantasse o vestido e tocou em seu órgão genital sem luvas. Segundo a paciente, ele apresentava sinais de excitação.
A mulher foi ao local para entregar resultados de exames solicitador por um outro urologista. Até o ano passado, ele atendia em posto de saúde de Campo Grande. O médico foi denunciado em outros episódios de abuso. Os casos foram registrados em Lorena, interior de São Paulo, e em Fortaleza (Ceará). Após a publicação da cassação em julho, o Exército informou que ele seria transferido para funções administrativas. Ele nega as acusações.
O Ministério Público encaminhou ofícios para que o CMO (Comando Militar do Oeste) informe qual a justificativa para que ele permaneça no Exército e se ele foi admitido para ocupar vaga de médico.