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Capital

No centenário, complexo ferroviário vira patrimônio histórico nacional

Aline dos Santos | 31/10/2014 09:18
Prédios históricos de complexo foram restaurados. (Foto: Marcos Ermínio)
Prédios históricos de complexo foram restaurados. (Foto: Marcos Ermínio)

No ano do centenário, o complexo ferroviário de Campo Grande recebeu o tombamento definitivo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O comunicado de inscrição no Livro do Tombo Histórico e no no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico foi divulgado na edição de hoje do Diário Oficial da União.

A estreia de Campo Grande com patrimônio protegido em nível federal veio para resguardar a história da cidade, que ganhou projeção econômica e política com os trilhos da Noroeste do Brasil.

De acordo com o chefe de divisão técnica do Iphan, João Santos, o complexo ferroviário está sob tombamento provisório desde 2009 e agora foi concluído o processo. “De 2009 até hoje seguiu todo o trâmite. A homologação da ministra da Cultura foi em fevereiro deste ano. Depois, volta para o Rio de Janeiro, onde foi inscrito no Livro do Tombo”, afirma.

O tombamento da esplanada levou em consideração a importância histórica. “Para Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a porção Oeste do Brasil. Além da imagem da paisagem ferroviária. As características dos imóveis dos funcionários mais graduados, dos ferroviários. É a região onde a cidade começou”, diz. No complexo, a arquitetura das casas permite “ler” que tipo de função o morador ocupava na Noroeste do Brasil.

Com o tombamento, as mudanças nos imóveis só podem ser feitas mediante autorização do Iphan, que faz fiscalização semanal para assegurar a preservação do patrimônio histórico. Se não tiver autorização, a obra é embargada até que apresente documentação. Em caso de dano, o proprietário pode ser multado.

Olha o trem – No ano do centenário, o Campo Grande News publicou um especial com resgate da importância histórica da ferrovia, que integrou, definitivamente, essa porção de Brasil ao território nacional.

Os caminhos de ferro também levaram ao deslocamento do centro politico da região, que migrou para Campo Grande. A ferrovia também alimenta a memória afetiva. Em 1.274 quilômetros da ferrovia, a Capital é a única cidade que conta com um sítio histórico.

O complexo possui 22,3 hectares e 135 edifícios em alvenaria e madeira. Dentre os imóveis, estão as casas dos operários, dos funcionários intermediários e dos graduados, além da estação, construída a partir de 1914, com ampliações em 1924 e 1930.

Cidade ganhou projeção com a chegada do trem. (Foto: Iphan)
Cidade ganhou projeção com a chegada do trem. (Foto: Iphan)
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