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Capital

No dia de aniversário de empresário, juiz faz 1ª audiência de criminosos

Michel Faustino | 19/01/2015 15:10
Erlon completaria 33 anos nesta quarta-feira. (Foto: Reprodução/Facebook)
Erlon completaria 33 anos nesta quarta-feira. (Foto: Reprodução/Facebook)

Os acusados de participação na morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, ocorrida em abril do ano passado, serão ouvidos pela Justiça nesta quarta-feira, 21 de janeiro, dia em que ele completaria 33 anos. O empresário foi morto por uma quadrilha que fingiu estar interessada em seu veículo anunciado na internet e o atraiu até o local do crime para roubá-lo.

O inquérito policial, concluído poucas semanas após o crime, apontou a participação direta e indireta de quatro pessoas. Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, apontado como responsável pelo tiro que matou Erlon. Rafael Diogo, 24, Jefferson dos Santos Souza, 21, e uma adolescente de 17 anos, dona do imóvel em que o corpo do empresário foi encontrado dias depois do crime no bairro São Jorge da Lagoa. Às investigações apontaram também a participação de um funileiro que supostamente cobrou R$ 2 mil para pintar o carro roubado, um Golf prata, de branco, no entanto ele foi liberado.

De acordo com o advogado da família de Erlon, Oton Nasser, a audiência marcada para às 15h desta quarta-feira será importante para que o processo caminhe em razão da condenação dos acusados. Visto que, segundo ele, o inquérito que aponta a participação de todos na ação que resultou no assassinato do empresário é evidente.

“O inquérito policial é consistente e acreditamos na Justiça. Acreditamos no trabalho do Ministério Público e todas as evidencias que levam a acusação deles”, ponderou.

Segundo o advogado, mesmo passados mais de nove meses desde o ocorrido, e com todos os acusados detidos, o sentimento da família é de inconformismo.

Família despedaçada – Erlon era casado há 12 anos e tinha dois filhos com idades entre oito e dez anos. Além da esposa, pais e um irmão do empresário moram na Capital. Nasser afirma que após o fato, a família ficou emocionalmente despedaçada. “Estão todos arrasados e inconformados com a crueldade como os bandidos agiram. Por causa disso, os filhos de Erlon têm acompanhamento psicológico”, disse.

Os réus estão presos enquanto aguardam o andamento do processo. “Eles são pessoas perigosas e não têm condições de conviverem em sociedade, em liberdade enquanto aguardam a Justiça. Fico preocupado com o perigo que mentes cruéis como estas podem oferecer".

“Nenhum dinheiro vai trazer à família a mesma satisfação que a presença dele trazia. Parentes e amigos confiam na Justiça e acreditam que os bandidos vão receber pena máxima”, concluiu.

Crime – Segundo inquérito concluído pela Defurv, Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, marcou encontro com Erlon na rotatória da Avenida Interlagos com a Avenida Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo. Ele queria comprar o Golf anunciado pela vítima, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o latrocínio, no São Jorge da Lagoa.

Na residência, Erlon se encontrou com Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, e a adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que queriam comprar o veículo por R$ 38 mil. Thiago entrou na casa, pegou um revólver e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir.

Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. O buraco foi coberto com terra, entulho e restos de vegetação. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.

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