ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, DOMINGO  05    CAMPO GRANDE 24º

Capital

No Jardim Samambaia, água invade casas após dois dias de chuva

Paula Maciulevicius, Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 21/06/2012 18:39

Em uma rua do Jardim Samambaia, um carro ficou atolado depois que o bueiro estourou e a água, junto da terra, invadiu a pista

A água que cai marca um inverno que promete ser úmido e traz o que não é novidade para ninguém: os velhos problemas de alagamento. (Foto: Simão Nogueira)
A água que cai marca um inverno que promete ser úmido e traz o que não é novidade para ninguém: os velhos problemas de alagamento. (Foto: Simão Nogueira)

Desde a madrugada desta quinta-feira, os moradores do Jardim Samambaia, na região do Maria Aparecida Pedrossian, estão armados de rodos e até enxadas contra a chuva que não dá trégua.

A água que cai marca um inverno que promete ser úmido e traz o que não é novidade para ninguém: os velhos problemas de alagamento e buracos pelas ruas.

Na rua Cleriston de Andrade, a cena é ainda mais triste. Um senhor, de 61 anos, deficiente, tenta “salvar” os móveis com uma perna só, apoiado na parede.

Na casa de Wilson Bezerra da Silva está tudo alagado. Sozinho, enquanto a mulher está trabalhando, ele mal conseguia descansar até que outra maré de água invadisse o quintal.

Sozinho em casa, "seo" Wilson tenta salvar os móveis erguendo, mesmo deficiente, com uma perna só. (Foto: Simão Nogueira)
Sozinho em casa, "seo" Wilson tenta salvar os móveis erguendo, mesmo deficiente, com uma perna só. (Foto: Simão Nogueira)

Segundo ele, desde manhã o quintal alagou quatro vezes. “Baixava e já enchia de novo”, fala. “Eu me escorava nas paredes e tentava erguer os móveis”, completa.

Nessas horas a vizinhança toda ajuda. Arregaça as mangas e vai ao trabalho. A missão é tirar a água de dentro dos cômodos. Enquanto o Campo Grande News estava lá, uma vizinha veio ajudá-lo. Na casa dela não entrou água, por sorte e pela construção ser um pouco mais alta.

Há mais de 20 anos no bairro, ele e a vizinha, Maria do Socorro da Silva, 38 anos, falam que é comum ver e sentir a chuva invadindo as ruas. “O difícil é alagar dentro de casa, mas como está chovendo desde ontem”, comenta Maria.

Pela rua, um Corsa Sedan atolado e um motorista aguardando reforço dos bombeiros. De acordo com os moradores, foi o segundo veículo atolado na pista. A razão é um bueiro que estourou devido a quantidade de água. Junto da água a terra também ocupou espaço e as bocas de lobo da rua não deram conta.

Enquanto os bombeiros não chegavam, era a própria vizinhança que tentava ajudar a tirar o carro.(Foto: Simão Nogueira)
Enquanto os bombeiros não chegavam, era a própria vizinhança que tentava ajudar a tirar o carro.(Foto: Simão Nogueira)

O que se formou foi uma espécie de morro e quando o comerciante Célio Roberto de Andrade, 31 anos, foi passar com o veículo, ficou atolado. “Não achei que fosse terra, achei que fosse parte da rua”, conta.

Enquanto os bombeiros não chegavam, era a própria vizinhança que tentava ajudar a tirar o carro.

Região Central - O Campo Grande News percorreu da avenida Mato Grosso até o lago da avenida do Poeta, no Parque dos Poderes. Por lá a chuva fez com que o lago transbordasse e o resultado foi alagamento na entrada da empresa Engelmix.

No trânsito o que é preciso é atenção dos motoristas pela quantidade de buracos abertos pela pista. (Foto: Viviane Oliveira)
No trânsito o que é preciso é atenção dos motoristas pela quantidade de buracos abertos pela pista. (Foto: Viviane Oliveira)

Durante o percurso, o que é preciso é atenção dos motoristas por conta da quantidade de buracos abertos pela pista. Na mesma avenida entre as ruas Ceará e Sergipe um buraco grande chama atenção e pede desvio dos condutores. O mesmo é observado nas esquinas das ruas Arthur Jorge e 13 de Junho.

O taxista Sales Moreno, 48 anos, enfrenta as fortes chuvas no volante há uma década. Já teve de desviar de muito buraco, assim como também já viu muito motociclista se acidentar.

“Apesar de aumentar a demanda neste tempo, não vejo vantagem. Porque atrapalha a visibilidade dos motoristas e pode causar mais acidentes. É um desconforto para o motorista, passageiro e prejuízo para o carro”, finaliza.

Nos siga no Google Notícias