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Capital

Perícia excluiu crime e sobrecarga de energia como causas de incêndio

Nadyenka Castro | 20/10/2011 13:29

De acordo com análises de materiais que sobraram e das imagens do circuito interno de segurança, relato de testemunhas e informações técnicas, peritos afirmam que fogo no Edifício Leonardo da Vinci não foi criminoso e que é remota a possibilidade de sobrecarga elétrica

Fumaça passou pela veneziana da janela da sala e jovem viu.
Fumaça passou pela veneziana da janela da sala e jovem viu.

A perícia está perto de descobrir o que causou o incêndio no edifício Leonardo da Vinci, em Campo Grande, na madrugada do último dia 2. Os trabalhos já realizados pelo Instituto de Criminalística descartam que houve crime e indicam possibilidade remota de ter havido sobrecarga de energia elétrica.

Os peritos Almicar da Serra e Antônio Cesar Moreira de Oliveira dizem que com o resultado das análises em vestígios, relato de testemunhas e informações técnicas, foi possível descartar as duas situações.

No caso da primeira, não houve arrombamentos, além daqueles feitos pelo Corpo de Bombeiros, e nada que indicasse que poderia ter havido crime.

Eles explicam que o incêndio começou na cozinha do apartamento 909 do 9º andar e foi para a sala, sem chamas. Todas as janelas e portas de acesso à moradia estavam fechadas e a fumaça saía por frestas de uma veneziana na sala.

O filho do casal morador do apartamento, que estava em andar superior, viu a fumaça e foi ao local onde mora avisar os pais. Ele entrou por uma das portas e ao acordar o pai e a mãe, abriu, entre outras, a janela da sacada.

Com isso, o fogo, que estava quase no fim, teve mais oxigênio para se ‘alimentar’ e ‘reanimou’, derreteu o sensor do elevador e a fumaça se propagou pelo prédio. Caso o jovem não tivesse aberto as portas e janelas, poderia haver uma explosão no apartamento, dizem os peritos.

Quando o Corpo de Bombeiros chegou, os militares subiram até o local pelas escadas e arrombaram uma das portas de acesso ao apartamento para fazer os trabalhos necessários.

Os peritos explicam que o fogo não atingiu o pico máximo, que é na temperatura de 700º, caso isso acontecesse, todo o apartamento teria sido danificado, e não somente as salas e a cozinha.

Além de danos na moradia, o incêndio resultou na morte por intoxicação do publicitário Giovanni Sergio Dolabani Leite, de 24 anos. Ele chegou a ser socorrido para atendimento médico, mas não resistiu.

Também morreu intoxicada a defensora pública Kátia da Silva Soares Barroso, 37 anos. Ela ficou internada por três dias e não resistiu. O marido dela, o também defensor público Francisco José Soares Barroso, ficou no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), mas, já está no quarto. O filho do casal, João Manoel, de sete anos, também ficou internado.

Todas as vítimas moravam em andares superiores ao do apartamento onde iniciou o incêndio, cuja família se protegeu em um dos quartos.

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