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Capital

Procurador é suspeito de fazer vistas grossas sobre Gisa e Máfia do Câncer

Ricardo Campos Jr. | 17/05/2015 07:57

O procurador municipal aposentado Renato Cândido Viana é investigado pelo MPE (Ministério Público Estadual) por fazer “vista grossa” a denúncias de irregularidades quando foi chefe da comissão de processos administrativos e disciplinares da prefeitura. Intencionalmente, ele teria deixado de analisar os arquivos do caso Gisa, da máfia do câncer, de desvios de verbas e superfaturamento de compras para não prejudicar superiores e conhecidos.

Inquérito civil público foi aberto na 30ª Promotoria de Justiça da Capital. Conforme os autos do processo, informações passadas anonimamente apontam que o advogado foi responsável por um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão aos cofres públicos por conta dos casos que deixou passar em branco.

O denunciante entrou em contato com o MPE em novembro de 2014 pedindo celeridade na apuração, tendo em vista que Viana, na época, já havia entrado com pedido de aposentadoria, mas não deu tempo. Ele se retirou do serviço público em dezembro daquele ano.

A prefeitura foi oficiada a encaminhar as informações que julgasse necessárias. O município informou que, diante da gravidade do caso, abriu sindicância para apurar internamente a conduta do ex-funcionário público.

Foi encaminhada toda a ficha funcional do advogado desde que ele assumiu o cargo mediante concurso público, não havendo qualquer tipo de irregularidade registrada. O Ministério Público aguarda cópia do procedimento interno.

O procurador aposentado foi oficiado a se manifestar. Segundo o MPE, ele procurou o órgão no dia 2 de fevereiro informando que ficou sabendo do caso por terceiros e não recebeu o ofício.

Ao Campo Grande News, Viana não quis comentar o caso. Ele alegou que não teve acesso aos autos e não sabe do que se trata o inquérito. “Vou evitar comentar qualquer coisa até ver direitinho o que é isso. Tudo o que eu tiver que manifestar, foi manifestar direto ao MPE”, afirmou.

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