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Capital

Usuário de drogas, consultor diz que mentiu sobre sequestro de quatro dias

Filipe Prado e Luana Rodrigues | 23/06/2015 09:49

O consultor de telefonia de 33 anos, que alegou ter sido sequestrado e mantido em cárcere privado durante quatro dias, confessou que mentiu para a polícia. Ele contou ao delegado Gustavo Ferraris, adjunto da Derfurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), que é usuário de drogas e ficou na casa por sua vontade.

Segundo Ferraris, o consultor havia penhorado a motocicleta para comprar drogas, então ficou na casa até que a pessoa voltasse com o veículo. Ele a convenceu que pagaria a dívida posteriormente, então pegou a moto e junto com o amigo, 30 anos, foi para a casa.

O rapaz apontou que ficou com vergonha da família, então inventou a informação do sequestro. O consultor irá responder pelo crime de denunciação caluniosa, pois fez com que duas pessoas inocentes fossem presas, sendo que a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar um crime que não existiu.

O comparsa do consultor não foi encontrado, mas não é considerado foragido da Justiça.

Sequestro – Os dois homens alegaram que conseguiram escapar de cárcere privado após serem sequestrados na última segunda-feira (8), na Vila Nhá-Nhá. Eles disseram que foram trancadas em um quarto e impedidos de sair por quatro dias, mas aproveitaram a distração dos sequestradores para fugir. Os apontados como responsáveis pelo crime foram presos em flagrante.

Segundo o boletim de ocorrência, ele e outro rapaz foram até o cruzamento das ruas do Ébano esquina com Sol Nascente, em suas motocicletas, para saldar uma dívida de R$ 100,00 com um homem identificado como Neguinho.

Seis pessoas estavam na casa, momento em que a os dois rapazes foram forçados a entrar na residência, trancafiados em um quarto escuro e impedidos de sair sob violência e ameaça. Durante os quatro dias, os acusados entravam no local e o agrediam com pedaços de pau e os capacetes de suas motocicletas.

Na madrugada do dia 12, as vítimas aproveitaram a distração dos sequestrados e conseguiram abrir a porta, que era trancava por uma corrente, fugindo do local. Eles recuperaram a moto de uma das vítimas, sendo que o outro veículo automotor, uma Honda Biz vermelha, não foi encontrado.

A Polícia Militar foi acionada, deslocando-se até o local. Rafael Valente da Silva, 19 anos, e Carolini Salete de Morais, 21, foram abordados e identificados como autores do sequestro, sendo reconhecidos pelas vítimas. Eles negaram estar envolvidos no crime, apontando que são apenas usuários de drogas da região. 

Os autores foram presos em flagrante pelos crimes de sequestro e cárcere privado, associação criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, sendo encaminhados para a DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga.

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