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Cidades

Volta às aulas na UFMS traz alívio a universitários e comerciantes

Mariana Lopes | 20/09/2012 14:27
Nos corredores da UFMS o movimento ainda é fraco (Foto: Minamar Júnior)
Nos corredores da UFMS o movimento ainda é fraco (Foto: Minamar Júnior)

Após 84 dias de greve, o retorno às aulas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), nesta quinta-feira (20), foi marcado pela expectativa de estudantes, professores e dos comerciantes. Os corredores da instituição, que ficaram vazios durante o período de paralisação, aos poucos ganham vida novamente, mas o movimento ainda é fraco.

Correndo para fechar as disciplinas do primeiro semestre, os acadêmicos ainda não entraram no ritmo de aulas e tentam entender o novo calendário letivo. “Tivemos férias prolongadas no meio do ano, só teremos recesso em dezembro e vamos terminar tudo em março, está meio desesperador”, pontua a estudante de Arquitetura, Adriane Menezes, de 18 anos.

A professora Jacira Helena do Valle Pereira, do curso de Pedagogia, explica que todos os cursos de graduação têm até o dia 10 de outubro para fechar as notas do primeiro semestre, que foi interrompido pela greve faltando 20 dias para encerrar as aulas.

O segundo semestre, de acordo com a docente, começa no dia 22 de outubro e deve ser finalizado no dia 15 de março, contando com o recesso de duas semanas, do dia 22 de dezembro a 6 de janeiro. “Nós sabíamos que iria ser preciso refazer o calendário, pois temos que manter a qualidade do ensino”, enfatiza a professora.

Tanto para os professores quanto para os alunos, a expectativa é de que até o final do de 2013 o calendário letivo seja normalizado. O primeiro semestre do ano que vem começará na metade de março, enquanto o normal é começar no final de fevereiro.

No quisque da Xerox do CCHS, um funcionário foi suficiente para atender os alunos, enquanto em dia normal de aula é necessário três fucnionários (Foto: Minamar Júnior)
No quisque da Xerox do CCHS, um funcionário foi suficiente para atender os alunos, enquanto em dia normal de aula é necessário três fucnionários (Foto: Minamar Júnior)
Vilma mandou aumentar a quantidade dos pratos e espera voltar ao normal o atendimento no RU da UFMS (Foto: Minamar Júnior)
Vilma mandou aumentar a quantidade dos pratos e espera voltar ao normal o atendimento no RU da UFMS (Foto: Minamar Júnior)

Comércio - Por parte dos comerciantes, tanto de dentro da universidade quanto os que ficam ao redor, o fim da greve tem um significado diferente. A presença dos alunos traz de volta a movimentação e, consequentemente, as vendas.

O proprietário de uma das lanchonetes do bloco CCHS (Centro de Ciências Humanas e Sociais), Marcos Silva, 40 anos, conta que as vendas caíram 80% durante a greve e afirma que a situação refletiu até nos fornecedores. “Não dá para falar que já voltou ao normal, ainda tem pouco aluno, mas acho que até segunda-feira esses corredores já estão cheios de novo”, diz, esperançoso.

No ponto de Xerox, que durante os dias de aula é preciso três funcionários para atender a demanda de alunos, hoje apenas um foi o suficiente para dar conta do serviço. “Até atendemos alguns alunos hoje, mas nada significativo”, diz o funcionário Eduardo Ramos de Campos, 32 anos, que acredita que o movimento voltará ao normal só em outubro.

Na expectativa de voltar a atender os 1200 clientes, no Restaurante Universitário as cozinheiras já aumentaram as quantidades dos pratos. “Estamos consciente de que pode ser que não volte ao normal ainda, que tenha menos pessoas, mas em todo caso, estamos preparados”, diz a proprietária do RU, Vilma Ferro.

Fora da universidade, o proprietário do bar Escobar, Ronivaldo Escobar, em nenhum dia da greve deixou de arrumar as mesas para esperar os clientes, mas ainda não sentiu o movimento “volta às aulas”. “Por enquanto está fraco, vou ver mesmo à tarde, quando é de costume dos alunos virem para cá”, diz.

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