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Interior

Servidores da Receita mantêm mobilização e caminhões fazem fila na fronteira

Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2016 16:18
Caminhões formam fila no posto da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Leo Veras)
Caminhões formam fila no posto da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Leo Veras)

A paralisação nacional de auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal do Brasil, iniciada na semana passada contra o governo federal, provocou uma fila de caminhões no posto do órgão em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

A mobilização acontece às quintas e terças, mas a fila continua nesta quarta-feira devido ao grande número de veículos de carga à espera de liberação.

As categorias reivindicam o cumprimento imediato de um acordo firmado em março deste ano com o governo federal para o reajuste, mas o Ministério do Planejamento decidiu reavaliar os compromissos feitos pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Os servidores acusam o Palácio do Planalto de ignorar o acordo.

Em Mato Grosso do Sul, a mobilização ocorre em todas as delegacias e postos da Receita Federal, mas o impacto é maior em Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã.

Mundo Novo – Na divisa com o Paraná, os servidores da inspetoria MS aderiram na semana passada à mobilização. De acordo com Yone de Oliveira, auditora fiscal e representante sindical em Mundo Novo, entre outras iniciativas, nas terças e quintas-feiras não estão sendo desembaraçadas as cargas importadas e exportadas.

A ação é coordenada com as unidades aduaneiras em Guaíra (PR), na outra margem do Rio Paraná e Santa Helena (PR), que também não permitem o ingresso de caminhões, mantendo o impedimento na fronteira centro-oeste/sul.

As categorias aguardam que seja enviada ao Congresso Nacional a medida provisória referente ao acordo 2015 e implantado o adicional de fronteira, previsto na lei 12.855/2013. Apesar de aprovada há mais de mil dias, a lei ainda não foi regulamentada pelo governo federal.

Governo garantiu aumento – Nesta quarta-feira, auditores fiscais da Receita informaram que o Ministério da Fazenda comprometeu-se a cumprir o acordo salarial, que prevê reajuste de 21,3% em quatro anos, dos quais 5,5% seriam pagos já a partir de agosto.

Entretanto, como o projeto de lei do aumento ainda não foi enviado ao Congresso Nacional a categoria mantém a operação padrão. Hoje eles foram recebidos pelo secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Refinetti Guardia.

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