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Cidades

Motociclistas dos bombeiros de MS usarão roupas com airbags

Equipamentos com sistema de proteção pneumático que inflam em caso de colisões deverão ser entregues a bombeiros do Estado dentro de 1 mês

Anahi Gurgel | 21/02/2017 18:53
Motossocorristas experimentaram jaquetas com airbag em 2015. (Foto: Divulgação)
Motossocorristas experimentaram jaquetas com airbag em 2015. (Foto: Divulgação)

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública decidiu investir em tecnologia para aumentar a proteção dos motociclistas do Corpo de Bombeiros, os chamados motossocorristas, durante as ocorrências. Dentro de um mês, os cerca de 30 profissionais que atuam nas Motos Operacionais de Bombeiros (Mob), em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, receberão jaquetas com sistema de proteção pneumático, o popular “airbag”, acoplado.

Os trajes “especiais” funcionam por meio de cilindro de ar comprimido (CO2) e inflam em caso de impacto durante colisões, amenizando a queda do motociclista no solo. As jaquetas possuem um cabo espiral que deve ser conectado ao veículo.

Quando ocorre uma tração, em casos de acidentes, o gatilho do sistema de airbag é acionado. O tempo de insuflação das bolsas de ar fica abaixo de 200 milésimos de segundo.

O equipamento de proteção individual é um conjunto composto por jaqueta e calça protetores internos de bio-elastano. O sistema, inédito em Mato Grosso do Sul, já vinha sendo analisado desde 2015, quando foram realizados testes diretamente com os militares.

O chefe da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, coronel Robinson Moreira, ressalta que a aquisição tem o objetivo de proprocionar mais segurança aos motossocorristas durante as ocorrências. "Foi escolhido o sistema de proteção tipo airbag porque ele preserva as partes vitais do usuário, como a cervical, o tórax, coluna, lateral e cóccix ”, detalha. 

Bombeiro testando funcionalidade da jaqueta airbag. (Foto: Divulgação)
Bombeiro testando funcionalidade da jaqueta airbag. (Foto: Divulgação)

Foram adquiridas 30 jaquetas com sistema airbag, ao valor de R$ 4.868 cada, e 30 calças, com custo de R$ 1.928 a unidade. As vestimentas são antiabrasivas, resistentes a atritos, e isolam a pele do motociclista em situações de derrapagem. O coronel disse ainda que, assim que o material for entregue, haverá treinamento com os moto operacionais sobre a utilização correta dos equipamentos.

Jaquetas semelhantes são utilizadas pela Polícia Federal de Brasília (DF) e Bombeiros de Pernambuco. Também aumentaram a segurança dos motossocorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.

Recurso - O contrato com a empresa Elto Industrial Confecção Ltda, com nome fantasia Inflajack, do município de Cotia (SP), totaliza R$ 194,9 mil. Além de ter amparo da lei estadual nº 4.335, de 10 de abril de 2013, que instituiu o Código de Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos no estado de Mato Grosso do Sul, o recurso integra o Programa MS Mais Seguro.

“A iniciativa foi lançada em junho de 2016 com a proposta de ampliar os investimentos na estruturação do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar do Estado”, explica o coronel Robinson. O programa prevê reforma de prédios e compra de viaturas, equipamentos e armamentos até 2018.

Moto operação - Atualmente, o Serviço de Motossocorrismo tem bases estrategicamente distribuídas em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Na Capital, 16 militares receberam formação para a atividade, sendo que, diariamente, 4 duplas fazem revezamento entre as 7h e 18h.

No interior, são 07 motossocorristas atuantes em cada município, com escala de 1 dupla por dia. Em todo o Estado, há registro de uma média de 1.200 ocorrências por mês. As viaturas de duas rodas, equipadas com materiais de primeiro-socorros, são uma alternativa para dar mais agilidade aos atendimentos, permitindo a chegada mais rápida ao local da ocorrência.

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