Mulheres são maioria na prevenção de câncer de pele e no uso de filtro solar

Cerca de 900 pessoas procuraram o Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário em Campo Grande, em busca de atendimento em consultas simultâneas para análise, diagnóstico e posterior tratamento do câncer de pele neste sábado (7). A ação faz parte da campanha “Dia C” de Combate do Câncer de Pele. O número é menor que o de anos anteriores quando foram registrados mais de mil atendimentos.

Segundo a residente do 3º ano de Dermatologia, Gabriely Sacht, a procura por atendimentos entre homens e mulheres é bem semelhante, mas o público feminino ainda representa a grande maioria quando se trata do uso de filtro solar e cuidados com a pele.

“As mulheres acabam se preocupando mais com o aparecimento de manchas na pele e o envelhecimento, por isso usam mais o filtro solar. Elas estão mais acostumadas a usar cremes e cosméticos, por isso tem mais facilidade em usar o filtro solar também”.

A dermatologista diz ainda que, de uma forma geral as pessoas acham que o uso do filtro deve ser apenas quando exposto a longos períodos ao sol. “Muita gente acredita que deve usar o filtro solar apenas quando vai à praia, piscinas, caminhadas, acha que no dia a dia não há necessidade do uso e é aí que elas se enganam, o correto é usar logo de manhã e reaplicar no mínimo duas vezes ao dia com intervalo de 4 horas”.

Como o produto não é fornecido gratuitamente pela rede pública e possui um valor muito alto, quem ganha um salário mínimo, muitas vezes não consegue comprar. “Uma das formas de evitar o câncer de pele é a proteção em relação ao sol, o uso do filtro solar com no mínimo fator 30 é o ideal, o uso de bonés também é recomendado e roupas de mangas longas”, acrescenta.

Vanessa Lima dos Santos, 26 anos, manicure, usa o protetor com frequência, e ainda passa no filho de cinco anos. Ela diz ter consciência dos riscos que a exposição ao sol pode causar na pele, por isso não abre mão do item. “Sempre levo na bolsa e retoco quando é preciso”, diz ela que afirma ainda que por já apresentar problemas na pele redobra a atenção e sempre está cuidando o aparecimento de manchas.

Já o estudante Joeder Reis Leonel da Silva, 19 anos, apesar de saber dos riscos, afirma que nunca usou filtro solar. “Tem em casa, mas não uso, meu pai usa sempre, mas eu não”, conta ele e acrescenta ainda que apesar de ter medo da doença, o uso do filtro não é uma de suas prioridades.

O mesmo acontece com o eletricista Cícero da Silva, 34 anos, o alagoano que mora em Campo Grande afirma que não compra e não tem o produto em casa. “As vezes eu observo para ver se não tenho manchas na pele, mas não uso nada para prevenir”, diz.

Além dos atendimentos realizados neste sábado no Hospital Universitário, foram realizados procedimentos como cirurgias e biopsias. Os pacientes que fizeram biópsias já tiveram as consultas marcadas.