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Economia

Agronegócio é setor que tem mais solicitação para recursos do FCO

Renata Volpe Haddad | 05/08/2015 21:13
Workshop realizado pela Sudeco, reuniu no auditório Rubens Gil de Camilo, cerca de 150 pessoas. (Foto: Vanessa Tamires)
Workshop realizado pela Sudeco, reuniu no auditório Rubens Gil de Camilo, cerca de 150 pessoas. (Foto: Vanessa Tamires)

Em Mato Grosso do Sul, o setor que mais solicita recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) é o agronegócio. Em 2015, foram disponibilizados mais de R$ 1,3 bilhões de recursos, 23% só para o Estado.

Durante Workshop realizado pela Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) para apresentar linhas de financiamento para empresas e produtores rurais, o secretário da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Elias Verruck, afirmou que o setor que menos solicita financiamento, é o da indústria. "A demanda está muito aquecida no rural, com solicitação de investimentos para máquinas e equipamentos, pois houve muitas restrições em outras linhas e as pessoas buscaram pelo FCO", informa.

Dos 79 municípios do Estado, ao menos um tem operação do FCO. Em junho, o fluxo financeiro do comercial que não tinha demanda, foi transferido para o rural. "50% dos recursos disponibilizados precisa ser destinado ao setor empresarial e 50% ao agronegócio, mas como não tivemos tanta demanda assim, nós podemos fazer essa transferência", explica Verruck.

A perspectiva do governo é de aplicar até setembro, 100% dos recursos disponibilizados.

Workshop – Campo Grande recebeu hoje o 2º Workshop da Sudeco com 150 empreendedores reunidos no Rubens Gil de Camilo, evento que já passou por Cuiabá e em setembro, vai ser realizado em Goiânia e Brasília.

O superintendente da Sudeco, Cléber Ávila, ressalta que os recursos disponibilizados pelo FCO precisam receber aporte complementares. "Do mesmo modo que o Fundo pode financiar um caminhão, máquina ou equipamento, isso também pode ser financiado por meio de outras linhas de crédito, como o BNDES, por exemplo", explica.

Segundo Ávila, Mato Grosso do Sul usa da sua totalidade disponível dos recursos disponibilizados. "O Estado é muito profissional com a distribuição dos recursos, porque tem setor produtivo organizado, relações com agricultura, comércio e indústria", conclui.

Financiamentos – A Programação do FCO para 2015 foi elaborada pelo Banco do Brasil e aprovada pelo Condel/Sudeco (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste). O Banco do Brasil disponibilizou R$ 693 milhões para o setor empresarial e a mesma quantia para o setor rural.

De acordo com o gerente de agronegócio do Banco, Rafael Remonti, a maior procura pelos recursos é do agronegócio. "Para este setor, já foram disponibilizados R$ 404 milhões em 2015", afirma.

Segundo o gerente de pessoa jurídica e governo, Cristiano Monteiro, para o setor empresarial, foram disponibilizados pelo Banco, R$ 382 milhões. "Se tivesse mais recursos disponíveis hoje, com certeza já teria emprestado mais para o setor rural", comenta.

Conforme Monteiro, os juros do FCO empresarial gira em torno de 6,48% e do rural 7,5%. "Todos os bancos trabalham com esses juros para o FCO, e o prazo de pagamento pode chegar até 15 anos", finaliza.

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