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Economia

Em MS, 12% dos municípios atrasam salários e 51% não vão fechar as contas

Priscilla Peres | 20/11/2015 18:12
Presidente da Assomasul, Juvenal Neto disse várias vezes que municípios precisam fazer ajustes. (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente da Assomasul, Juvenal Neto disse várias vezes que municípios precisam fazer ajustes. (Foto: Marcos Ermínio)

Pesquisa divulgada hoje pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) mostra que 100% dos municípios de Mato Grosso do Sul pesquisados (58) estão sentindo os efeitos da crise instalada no país e que 12% estão com salário atrasado.

Com a queda de repasses federais, muitas prefeituras tem enfrentado dificuldade para fazer o pagamento dos salários. A pesquisa da CNM mostrou que dos 12,1% dos municípios pesquisados estão com salário atrasado, sendo 42,9% de um a seis meses e 42,9% há mais de seis meses.

O atraso com fornecedores afeta 67% dos municípios e 87% estão com até seis meses sem efetuar o pagamento. Como era de se imaginar, 72,4% das prefeituras informaram que tiveram problemas com o recebimento de recursos da União e que graças a isso, 73,8% vão deixar restos a pagar com empreiteiros/fornecedores.

Pessimistas, 51,7% afirmam que não vão conseguir fechar as contas deste ano, enquanto 39,7% acreditam que vão terminar o ano com as contas em dia.

Áreas afetadas - Os prefeitos informaram que 72,4% tem visto reflexos do momento na Educação. A falta de recursos para o piso do Magistério atinge 22% dos municípios pesquisados, enquanto a incapacidade de transporte (manutenção da frota) atinge 28% e a falta de merenda 13%. Outras 6% tiveram que fechar escolas este ano.

A pesquisa também mostra que 79,3% dos municípios sentiram efeitos da crise na Saúde, principalmente na falta de remédios (31%), seguido da falta de outros profissionais (20%), falta de médicos (16%), paralisação de equipamentos (14%) e retirada de ambulâncias (12%). Apenas 3% informaram que fecharam postos de saúde.

Ações - A confederação questionou se os prefeitos tomaram providências a respeito da crise e 98,3% responderam que sim, apenas um disse que não. Entre as principais ações, a redução de despesas de custeio foi adotada por 54% deles e a redução no quadro de funcionários por 40%.

Outros 36% dos entrevistaram disseram que reduziram cargos comissionados, 34% alteraram o horário de expediente dos órgãos municipais, 29% desativaram veículos, 13% reduziram salários de vereadores e prefeitos e 9% desativaram serviços, como coleta de lixo.

O desenvolvimento urbano (41%), seguido pelas finanças (40%), saúde (39%), agricultura (37%) e assistência social (35%), foram os setores mais afetados pela crise econômica que os municípios têm enfrentado.

Os prefeitos disseram na pesquisa que 81% da população tem sinalizado a crise econômica para o município, principalmente pelo aumento de pedidos de auxílio financeiro, empregos e cestas básicas (38%). Também é alto o percentual (37%) de pessoas que passaram a reclamar dos políticos.

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