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Meio Ambiente

Número de pescadores profissionais no Pantanal quase dobrou em um ano

Mariana Castelar | 11/07/2016 13:12
 O número de pescadores amadores registrados também cresceu 3%, saindo de 13.242 em 2014, para 13.647 no ano passado (Foto: Embrapa Pantanal)
O número de pescadores amadores registrados também cresceu 3%, saindo de 13.242 em 2014, para 13.647 no ano passado (Foto: Embrapa Pantanal)

O número de pescadores profissionais subiu 95,67% em um ano e saltou de 1.921 em 2014 para 3.759 em 2015. Com isso, o número de guias preenchidas no SCPesca/MS (Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul) também aumentou de 4.140 para 5.259 no mesmo período.

De acordo com a fiscal ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Fânia Campos, o documento é necessário para que os pecadores profissionais comprovem que o produto pescado é seu trabalho. “ É necessário que eles comprovem que estavam em atividade, comercializando ou transportando o pescado. Uma maneira é apresentar a Guia de Controle de Pescado”, detalha.

Apesar do aumento na quantidade de registro de pescadores profissionais, o pesquisador da Embrapa Pantanal, Agostinho Catella, explica que esse crescimento foi não teve o mesmo impacto na quantidade total de pescado capturado pela categoria, que chegou a 32%. "Apesar do número de pescadores ter praticamente dobrado, a captura subiu de 136 toneladas em 2014, para 180 toneladas em 2015”, divulga.

Ele acrescenta que com a pesquisa foi possível entender que os responsáveis pela maior procura são os pescadores que capturam pequenas quantidades, que passaram a realizar registros com mais frequência, aumentando a emissão de guias.

O levantamento mostrou que o número de pescadores amadores registrados também cresceu 3%, saindo de 13.242 em 2014, para 13.647 no ano passado, enquanto a quantidade total de pescado capturado subiu 7%, de 170 para 183 toneladas.

Entre as espécies mais capturadas estão cachara, pintado e pacu. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, em sete dos oitos meses de pesca de 2015, o rendimento foi maior do que no ano anterior.

Ele também enfatizou que a quantidade de peixes no ambiente, assim como o rendimento da pesca, estão diretamente relacionados à intensidade das inundações do Pantanal, e quanto maior é a área inundada, maior se torna o ambiente para alimentação, abrigo e crescimento dos peixes.

“O Pantanal encheu nos três últimos anos e esse é um bom cenário para os peixes. Os aumentos que estamos vendo na pesca são uma resposta a essas grandes inundações – principalmente à de 2014, que se refletiu em 2015", aponta Agostinho. O boletim completo contendo as últimas análises do SCPesca deverá ser lançado até o final de 2016.

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