No 3º retorno, Fauzi vai mudar primeiro escalão para acomodar oposição
Nomes devem ser anunciados até 15 de agosto
Ao retornar do terceiro afastamento da prefeitura de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB) anunciou que fará mudanças no primeiro escalão para acomodar a oposição e preservar as pastas mais expostas com as denúncias. Os nomes dos novos secretários devem ser anunciados até 15 de agosto, aniversário da cidade.
“Vamos fazer algumas mudanças na administração municipal e chamar a oposição para participar do governo”, afirma o prefeito. De acordo com ele, o grupo que perdeu a eleição instaurou um processo de “judicialização” da política.
“Foram mais de 300 ações judiciais durante a campanha. Entrei na prefeitura e eles no Ministério Público”, afirma. Desde o primeiro afastamento, em abril deste ano, Fauzi reclama do uso político do MP nos processos contra ele.
Com a bandeira branca, hasteada sob justificativa de assegurar a capacidade administrativa em Aquidauana, o PDT deve escolher as pastas que pretende ocupar. O primeiro escalão é formado por 10 gerências e a Procuradoria. Já é tido como certo que o partido de oposição comande a Saúde, atualmente ocupada pelo PMDB.
Segundo o prefeito, os nomes ainda estão sendo discutidos. Porém, um dos mais cotados para assumir a pasta de Saúde é o vereador Eulálio Abel Barbosa (PDT). O cargo é ocupado por Paulo Cesar Rodrigues dos Reis, que chegou a ser afastado pela justiça. Antes de Fauzi, a prefeitura era comandada pelos pedetistas.
O prefeito explica que o acordo com a oposição terá as bênçãos do governador André Puccinelli (PMDB). “O grande fiador desse processo será o governador do Estado”, garante.
As mudanças também vão chegar às gerências de Educação e Finanças. “Também para preservar alguns secretários que estão muito expostos”, explica Fauzi. Para as duas pastas não foram divulgados nomes de prováveis substitutos, mas as mudanças serão em breve. “O mais rápido possível”, enfatiza Fauzi. Até então, a base de sustentação é formada por PMDB, PT, PP, PSB e PSDB.
Briga - O último afastamento do prefeito foi decretado pelo não fornecimento de informações solicitadas pelo MPE. Fauzi afirma que repassa os dados para a Procuradoria Geral, atendendo à determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). “A mudança foi porque em algumas cidades a promotoria se transformou em instrumento da oposição”, afirma.
O prefeito de Aquidauana é acusado de demitir concursados para contratar pessoas que não passaram por processo seletivo e improbidade administrativa. O MPE já abriu 40 inquéritos civis para apurar denúncias contra a prefeitura de Aquidauana.
