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Política

Prefeito volta a atribuir problemas em creches a boicote de servidores

Lidiane Kober | 09/09/2013 11:03
Bernal insinua que servidores agem contra a administração a mando de adversários políticos (Foto: Cleber Gellio)
Bernal insinua que servidores agem contra a administração a mando de adversários políticos (Foto: Cleber Gellio)

Após denúncia de carne estragada em creche, o prefeito Alcides Bernal (PP) insinuou, nesta segunda-feira (9), que o problema pode ter ocorrido por armação de servidores municipais, supostamente a mando de seus adversários políticos. Ele classificou a manobra como “boicote à administração” e informou que abriu sindicâncias para identificar os traidores.

“Entre os servidores, alguns tentam boicotar a administração a mando de adversários que querem nos desestabilizar”, declarou Bernal, na solenidade de lançamento da 1° Brigada de Incêndio. “Sindicâncias foram abertas para investigar isso”, completou.

Ainda para se defender da denúncia de carne estragada em creche da Capital, o prefeito frisou “não ser onipresente” para poder detectar todos os problemas que acontecem e reforçou não ter compromisso “com coisa errada”.

Bernal ainda voltou a defender a Salute e destacou economia nos gastos com a merenda escolar. “Nunca vi fantasma entregar gênero alimentício”, comentou fazendo menção à denúncia de vereadores de a empresa ser de fachada para abocanhar contrato milionário da prefeitura.

Segundo ele, a administração fez economia de pelos menos R$ 2 milhões ao firmar parceria com a Salute. “Na gestão anterior, gastavam R$ 6 milhões e poucos, agora, se paga R$ 4 milhões e poucos”, garantiu,

Denúncias - Desde o início da administração de Bernal, a merenda escolar tem sido alvo de muitas denúncias. Primeiro, os vereadores procuraram a Justiça para relatar falta de alimentos nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil). Depois, colocaram em xeque contrato fechado com a Salute.

Por último, uma professora do Ceinf Novos Estados denunciou ao Campo Grande News que diversas creches receberam carne moída com “sebo e com cheiro podre”. A acusação levou técnicos do MEC (Ministério da Educação) às creches para avaliar como está o gasto e a qualidade da alimentação.

Coincidência ou não, logo depois de vir à tona o caso, o chefe do setor responsável pelas merendas servidas nos Ceinfs, José Armando Matos de Araújo, pediu demissão. Ele afirmou que a carta foi enviada para a Secretaria de Educação antes do escândalo.

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