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Capital

Nova decisão mantém preso motorista que matou jovem em táxi

Nadyenka Castro | 19/02/2013 06:27
Diogo Machado Teixeira falou sobre o acidente à imprensa. (Foto: Luciano Muta)
Diogo Machado Teixeira falou sobre o acidente à imprensa. (Foto: Luciano Muta)

O administrador de fazenda Diogo Machado Teixeira, 36 anos, vai continuar na prisão. Ele teve o pedido de liberdade provisória negado no fim da tarde dessa segunda-feira pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Diogo dirigia a camionete Mistubishi L-200 que colidiu com um táxi, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia. O acidente matou José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, passageiro do carro de passeio, e deixou ferido o taxista Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, e o outro ocupante do automóvel, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos.

O condutor da camionete foi preso em flagrante, sendo convertido em prisão preventiva pela juíza de plantão. Na mesma data, a defesa do motorista ingressou com pedido de liberdade, alegando que Diogo é o réu é primário, possui boa conduta, tem personalidade voltada para o trabalho e respeita a lei.

O magistrado argumentou que os fundamentos e requisitos, quando da conversão da prisão preventiva, ainda se encontram presentes, não havendo qualquer fato novo que justifique a conversão de liberdade provisória.

De acordo com o juiz, “há indícios de que, além de dirigir em estado de embriaguez, ultrapassou semáforo vermelho, às altas horas da madrugada, numa das principais avenidas desta Capital, de fluxo intenso, vindo a colidir ‘em cheio’ com o veículo táxi, matando um e lesando gravemente os outros passageiros, que, até onde se sabe, ainda se encontram internados na Santa Casa, o que pode, em tese, caracterizar homicídio e tentativas de homicídio por dolo eventual”.

Aluizio dos Santos também reforça dizendo que as imagens das câmeras instaladas nas imediações do local do acidente revelam todo o ocorrido. O magistrado também acrescenta que “este fato notoriamente causou repercussão pública, mormente num momento em que há esforço coletivo, inclusive, a nível nacional, para que o ‘trânsito seguro seja um direito de todos’.

O delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira, pretende encerrar o inquérito nesta terça-feira. Diogo deve ser indiciado por quatro crimes: homicídio doloso com dolo eventual contra José Pedro, duas tentativas de homicídio em relação ao taxista
e ao passageiro Ramon, além de dirigir embriagado, já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l.

A Polícia ouviu os depoimentos da vítima do acidente, Ramon Rudney e da passageira do táxi que para logo depois da batida para prestar socorro. Nenhum dos dois soube dizer se o semáforo tanto na rua Bahia, como na avenida Afonso Pena, cruzamento do acidente, estavam fechados.

Na sexta-feira (15) prestaram depoimento os ocupantes do Honda Civic preto que aparece nas imagens da câmera de segurança de um restaurante, ao lado da caminhonete e fugindo após a colisão. O motorista Fábio Gomes de Oliveira, 29 anos, negou envolvimento na batida e um possível racha, que chegou a ser levantado e confirmou que o semáforo estava fechado para a caminhonete.

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