ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Veículos

Chery fará nova geração do Tiggo no Brasil

Márcio Martins | 13/12/2014 21:37
Divulgação
Divulgação

A Chery já decidiu qual será o seu terceiro produto fabricado no Brasil, após o Celer (hatch e3 sedã) e o novo QQ. A quinta geração do SUV urbano Tiggo deve entrar na recém-inaugurada linha de produção de Jacareí (SP) no segundo semestre de 2015. “Já entramos com o projeto no Ministério do Desenvolvimento para inclusão do modelo na nossa habilitação do Inovar-Auto”, revelou Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil.

O novo Tiggo já foi mostrado ao público brasileiro este ano no último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado. O carro faz parte do projeto New Generation da Chery, que traz à marca nível aprimorado de design e acabamento. O plano inicial era importar o modelo da China a partir de dezembro de 2015, mas a alta do dólar diante do real mudou essa perspectiva.

O Tiggo foi o primeiro carro da Chery lançado no Brasil, em 2009, e já passou por uma reformulação estética. Desde então o modelo é montado no Uruguai em CKD, com partes importadas da China, em uma pequena linha de montagem mantida pela Chery com um sócio minoritário argentino, o Grupo Macri. Dessa forma a Chery aproveitava as concessões do Mercosul para trazer o Tiggo ao mercado brasileiro sem pagar imposto de importação nem os 30 pontos adicionais de IPI impostos a veículos importados desde 2012.

A intenção era continuar a montar o Tiggo antigo o Uruguai para exportação à Argentina. Contudo, com a decisão de fabricar a nova geração do SUV no Brasil, que será base de exportação para todos os países sul-americanos, a montagem do carro na linha uruguaia perde o sentido e será interrompida no ano que vem. Segundo Curi, ainda está em estudo se algum produto da Chery poderá continuar a ser montado no Uruguai. O ritmo de produção da unidade já está bastante prejudicado com a redução dos embarques ao Brasil e a quase paralisação das vendas para o mercado argentino, que despencaram este ano, com nível 60% inferior ao de 2013 (e a marca é a oitava mais vendida no país vizinho).

Outro efeito da alta do dólar sobre o real na Chery é a aceleração do plano de nacionalização dos produtos fabricados em Jacareí. “Não é só para atender as exigências do Inovar-Auto, mas porque o câmbio nesse nível tornou as peças importadas muito mais caras e aumentou nossos custos de produção. Queremos elevar a nacionalização ao grau máximo o mais rápido possível, antes de 2016”, revela Curi

Para isso, está em curso a instalação da “Cidade Industrial Chery”, que segundo Curi irá ocupando uma área no entorno da fábrica de 4 milhões de metros quadrados. “A desapropriação já está sendo negociada com o município”, revela. Ele acrescenta que existem cinco fornecedores, dois deles da China, já acertados para se instalar no parque.

Outro projeto que começa a andar logo no início de 2015 é o prometido centro de pesquisa e desenvolvimento, que deve ser instalado dentro da área da fábrica de Jacareí. A intenção é realizar no País um maior número de projetos e, ao mesmo tempo, atender também às exigências de investimento em engenharia do Inovar-Auto.

Nos siga no Google Notícias