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Indigenismo de encomenda

Por Valfrido Chaves (*) | 03/06/2013 11:39

O “conflito indígena” em MS é o resultado de um torpe, nojento processo de manipulação de um povo, por grupos que apostam no conflito étnico e na violência para realizar seus objetivos. Tais grupos são caricaturas, zumbis de Mao Tsé Tung, quando dizia que “o fuzil é a parteira da História”.

Mas qual seria o monstrengo que tais grupos estariam partejando? Desculpem-me pela obviedade, mas é aquilo que todos enxergamos, qual seja, a disseminação do ódio,violência, violação de direitos no seio de nosso Estado MS, tudo realizado à sombra do Estado brasileiro, em sucessivos governos. Quando realizam aquelas perversões, entram em transe orgástico, pois se sentem acima do bem e do mal, impactando o direito à propriedade privada e sua segurança juridica.

Tais grupos, ideológicos uns, falsamente religiosos outros, usam as comunidades indígenas como buchas de canhão, até para impedir que indígenas e proprietários se unam para obter, do Estado, solução justa para ambos. Se o problema é terra para o índio, se as propriedades são legitimadas pelo Estado e se o governo tem recursos, porque os governos não a compram? Não tem 6 bilhões para financiar cartel do JBS? Mais de bilhão para porto e verbas secretas para Cuba e África? Milhões para o Mensalão? Quando se definiu o problema e há recursos, não se resolve porque não se quer. E porque não se quer?

Quem conhece de ideologia sabe muito bem: para grupos reacionários, zumbis de uma ideologia fracassada em todo o mundo, grupos esses encastelados no Estado brasileiro, no seio do governo Dilma, o objetivo é provocar ódios e manter o conflito. São herdeiros daqueles que votaram contra a Constituição de 88, contra a eleição de Tancredo, contra o Plano Real, que colocou nossa economia nos trilhos que até hoje nos norteiam.

Mas todos eles tem chilique quando se fala em adquirir as terras de propriedades particulares legítimas, para realizar a expansão das aldeias. Mas, se estancar o conflito, leitor, como continuarão se sentindo poderosos, manipulando pessoas simples e violando direito de quem trabalha, produz e segue as leis? De mais a mais, quem não sabe que o conflito atual serve também para esconder o fracasso da Funai em promover o progresso e bem estar de nossos índios? Nossa população devia fazer turismo nas aldeias e ver as condições de vida de sua população. É por falta de terras? Vai ver a aldeia dos Cadiuéus! As terras invadidas e tomadas há anos em Sidrolandia, com milhares de pés de laranjas plantadas... Não foram arrendadas para gado e o laranjal depredado?

O tema é extenso, leitor, mas não se pode deixar de lembrar que aqueles que manipulam, que permitem manipular, que trabalham contra a reintegração de propriedades legitimas, que são contra a compra de terras para os índios, não são ETs... Estao nos quadros do Estado brasileiro e estão no seio de um governo ao qual não falta autoridade, quando quer. A questão é ideológica, leitor, e a ideologia desses grupos é a promoção do ódio, do conflito e pela impactação da propriedade privada.

O mais é firula, é conversa mole pra boi dormir. Diria ainda, leitor, para as lideranças daqueles escolhidos para pagar pela incompetência da politica indigenista, ou seja, para as lideranças rurais: a lei não acode aos que dormem e, quem muito baixa, mostra o c. A coisa chegou onde chegou, foi principalmente pelo desprezo das lideranças rurais maiores, pela opinião publica, pois o governo nada faz contra a opinião pública. Vamos à luta?

(*) Valfrido M. Chaves é produtor rural e psiquiatra.

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