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Setor imobiliário: qual o impacto da nova linha de crédito da Caixa?

Por Glauco Farnezi (*) | 22/09/2019 08:46

O financiamento da casa própria sofreu importantes reajustes nos últimos dias com o anúncio da Caixa para uma nova modalidade de crédito imobiliário. O que muda desta linha para a anterior? O banco passa a utilizar uma taxa fixa de juros, mínima de 2,95% e máxima de 4,95%, somada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), métrica oficial de inflação no Brasil, para calcular o financiamento e as prestações dos novos contratos em imóveis ao invés do esquema anterior, que calculava uma taxa fixa mínima de 8,5% e máxima de 9,7% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR).

Considerado, pela Caixa e pelo Governo Federal, uma revolução no mercado imobiliário, essa nova modalidade reduz, em média, 35% o valor da parcela de um financiamento. Mas você sabe o que, dentre essas taxas e índices, de fato, essa nova medida mudará para o mercado?

Pelo lado das instituições financeiras, essa atual linha estimulará a concorrência entre os grandes bancos, as fintechs e as outras empresas de crédito, ampliando as condições. Para o mercado imobiliário, haverá um incentivo econômico e a geração de novos negócios. E para aproveitar o calor do momento, muitas construtoras anteciparão lançamentos que estavam previstos para outros períodos. Isso porque essa nova condição movimentará o setor, mas esse, por sua vez, precisa estar preparado para 'tirar proveito' dessa oportunidade. Como?

Longe de ser um mercado automatizado, o segmento imobiliário é um dos mais atrasados na Transformação Digital. Nos Estados Unidos, por exemplo, 80% das negociações deste nicho são realizadas digitalmente, enquanto que no Brasil esse índice beira os 30%. Portanto, as construtoras e imobiliárias perdem muitos negócios por não oferecer uma boa experiência de compra para nenhum dos envolvidos, compradores, construtoras e corretores.

O caminho é buscar um processo de venda ágil, transparente e seguro por meio dos recursos digitais que possibilitem uma boa experiência ao usuário, ou seja, quem vende, e ao comprador final, que ganha tempo na concretização de sua compra. Com processos enxutos, se cria uma nova forma de fazer negócios no mercado imobiliário, em tempo de aproveitar o impacto da nova linha de crédito para o setor.

(*) Glauco Farnezi é CEO da Facilita, desenvolvedora do app. 

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