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Cidades

Crianças de 5 a 14 anos são as que mais sofrem com ataques de cães e gatos

População menor de 15 anos é maioria em busca de atendimento contra raiva humana

Lucia Morel | 10/09/2020 15:32
Quase 96% dos acidentes que levaram ao atendimento antirrábico, foram relacionados à exposição a cães e gatos, segundo a Vigilância Sanitária. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Quase 96% dos acidentes que levaram ao atendimento antirrábico, foram relacionados à exposição a cães e gatos, segundo a Vigilância Sanitária. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Os mais jovens, entre 5 e 14 anos de idade, são os que mais recebem atendimento de profilaxia contra a raiva em Mato Grosso do Sul. Na mesma medida, são os que mais sofrem com mordidas ou ferimentos provocados por cães e gatos. Na sequência, aparecem os adolescentes entre 15 e 25 anos.

Juntos, são 36.671 pessoas entre 5 e 25 anos de idade que precisaram procurar atendimento médico para evitar o desenvolvimento de raiva humana entre 2008 e este ano, conforme dados do Boletim Epidemiológico de Raiva da Vigilância Sanitária Estadual.

As crianças, que são a grande maioria das vítimas, somam 23.159 casos no período e os entre 15 e 25, contabilizam 13.512. Em seguida são os casos de pessoas entre 26 e 35, com 12.194 ocorrências; de 35 a 44, que somam 10.818 e 10.520 casos entre os que têm entre 45 e 55 anos.

Há ainda casos registrados em pessoas dos 55 anos pra cima, totalizando 16.241 e por fim, crianças com menos de 4 anos, que somam 10.932 casos entre 1 e 4 anos e 1.269 nos menores de um ano de idade.

Segundo a publicação, divulgada hoje, o último caso de raiva humana em Mato Grosso do Sul foi em 2015, quando homem de Corumbá morreu. Ele teria demorado 40 dias para procurar atendimento depois de ter sido mordido por cão. Ele faleceu no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande, onde ficou internado por um mês.

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E são justamente essas duas cidades as consideradas de maior risco. Tanto a Capital quanto Corumbá aparecem como os municípios onde mais pessoas foram atendidas e receberam tratamento para evitar o desenvolvimento da doença em humanos.

São mais de três mil registros em Campo Grande entre 2008 e este ano e, no mesmo período, a Cidade Branca teve entre 500 e três mil. Dourados, Douradina e Deodápolis, uma ao lado da outra, também aparecem com registros de 500 a três mil casos atendidos.

Grande maioria dos casos que precisaram de atendimento foram causados por cães (82.347) e por gatos (12.159). Ainda aparecem registros de pessoas feridas por morcegos, macacos, herbívoros domésticos e até raposas.

Em animais – Até agosto deste ano, 57 animais em MS foram diagnosticados com a doença, sendo já praticamente o dobro de todo ano passado, quando houve 29 registros. O ano em que mais houve casos de raiva em animais no Estado foi em 2015, com 94 ocorrências.

De todas as 488 ocorrências entre 2008 e este ano, 310 foram em bovinos, seguido por 78 casos em animais da espécie canina.

Conforme a vigilância, “vemos a importância da vacinação antirrábica em cães e gatos, pois são os animais domésticos que temos mais contato e são os que acontecem à maioria dos acidentes. No estado de Mato Grosso do Sul de 2008 a 2020, quase 96% dos acidentes que levaram a o atendimento antirrábico, foram relacionados à exposição a cães e gatos”, revela trecho do boletim.

Além disso, sustenta que é preciso “procurar sempre o serviço de saúde, no caso de agressão por mamíferos; manter seu cão/gato em observação por 10 dias quando ele agredir uma pessoa; vacinar anualmente seus animais contra a raiva; não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair”, entre outras medidas.

Para denúncias, ocorrências ou dúvidas, são disponibilizados para atendimento os seguintes números do Cievs/MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde): 0800-647-1650; (67) 98477-3435 (WhatsApp, ligações e SMS 24 horas) e o (67) 3318-1823.

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