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Cidades

Famílias esperam socorro do governo de MS a “presos” na Ucrânia

Morando lá há 12 anos, jogador de futebol de Ivinhema postou vídeo com pedido de ajuda

Caroline Maldonado | 24/02/2022 12:31


Angustiadas, famílias sul-mato-grossenses que estão na Ucrânia esperam que o governo brasileiro ofereça ajuda para que eles voltem ao Brasil. Nascido em Ivinhema, o jogador de futebol Ismaily Gonçalves é lateral do time ucraniano Shakhtar Donetsk. Ele publicou um vídeo no Instagram em que não aparece, mas seus colegas brasileiros e esposas pedem ajuda. Eles estão “presos” na capital Kiev, com estradas e aeroportos fechados desde a invasão da Rússia de hoje (24).

Os brasileiros tentam tranquilizar as famílias, mas a situação é bem grave e assustadora, segundo a mãe do jogador, a auxiliar administrativa Pacelia Gonçalves, de 54 anos.

Jogador de futebol Ismaily Gonçalves na Ucrânia. (Foto: Divulgação/Instagram)
Jogador de futebol Ismaily Gonçalves na Ucrânia. (Foto: Divulgação/Instagram)

“Eles tentaram nos transmitir tranquilidade, mas agora, o Ismaily já ‘caiu na real’ e já falou que o problema é sério mesmo. Só podemos fazer oração e pedir a Deus não só por ele, mas como por todos nossos amigos que estão lá e o povo ucraniano. Esperamos que o governo brasileiro faça algo para ajudá-los a voltar”, comenta a mãe.

Há 12 anos na Ucrânia, o jogador morou no estado de Donetsk, que hoje, está sob o domínio dos separatistas russos com tropas militares da Rússia. Em 2014, ele se mudou para a capital Kiev justamente para fugir dos conflitos.

Sônia Queiroz, tia do intérprete campo-grandense Ross Kasakoff. (Foto: Arquivo Pessoal)
Sônia Queiroz, tia do intérprete campo-grandense Ross Kasakoff. (Foto: Arquivo Pessoal)

Procurar a embaixada brasileira para tentar sair do país será “a única saída” caso o confronto continue, na opinião da dona de casa Sônia Queiroz, de 58 anos, tia do intérprete campo-grandense Ross Kasakoff, de 30 anos, que mora em Kiev.

Ícones vermelhos são locais para se abrigar em caso de bombardeio em Kiev, Capital da Ucrânia. (Imagem: Reprodução/Aplicativo)
Ícones vermelhos são locais para se abrigar em caso de bombardeio em Kiev, Capital da Ucrânia. (Imagem: Reprodução/Aplicativo)

“A gente fica apreensivo, mas temos que esperar para ver. É um país muito complicado e meu sobrinho não saiu porque tem compromissos de trabalho lá. Ele optou por esperar e depois sair, mas não deu tempo. A única saída é procurar embaixada brasileira num momento crucial”, comenta.

Invasão - Bombas atingem várias cidades da Ucrânia, deixando feridos e ainda não há números de mortes.

Todos os moradores e estrangeiros são orientados a irem para vários abrigos antibombas. Há diversos deles por toda parte do tempo da Segunda Guerra Mundial.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que essa invasão é uma "operação militar especial" na região do leste da Ucrânia para defender separatistas, que já dominam um estado do país, mas ninguém sabe se isso pode ser um confronto maior.

O governo de Kiev fala em "invasão total", segundo correspondente da Folha de São Paulo em Moscou, na Rússia, mas conforme o sul-mato-grossense, a situação não é de caos, pelo menos, por enquanto, mas ele explica que não tem como saber se realmente houve bombardeios próximo de Kiev.

Putin afirmou a imprensa que os ataques são somente em bases ucranianas e outras áreas militares, masnão em locais povoados.

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