MS registrou quase mil casos de violência contra médicos em 1 ano
Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar no ranking de violência contra esses profissionais
Em Mato Grosso do Sul, 995 médicos sofreram algum tipo de violência no exercício da função, só em 2024, quase 3 ao dia. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e também apontam que um médico no Brasil é vítima de situações como ameaça, lesão corporal, desacato e outras ocorrências semelhantes a cada três horas.
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Em Mato Grosso do Sul, 995 médicos relataram ter sofrido violência no exercício de suas funções, conforme dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina. A cada três horas, um médico no Brasil é vítima de ameaças, lesões corporais e desacatos, totalizando 38 mil registros desde 2013. O estado ocupa o segundo lugar em violência contra profissionais de saúde na região Centro-Oeste, atrás do Distrito Federal. Os principais agressores são pacientes, familiares e desconhecidos, com casos também envolvendo colegas de trabalho. As ocorrências se dão em diversos ambientes de saúde, como hospitais e clínicas.
O levantamento do conselho foi realizado com base em boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia Civil. Desde 2013, já foram contabilizados 38 mil registros em todo o país. Somente no ano passado, o total chegou a 4.562 casos.
Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar no ranking de violência contra esses profissionais, atrás apenas do Distrito Federal, que, em 2024, registrou 1.270 ocorrências. Os outros estados, como Mato Grosso e Goiás, somaram, respectivamente, 815 e 325.
Os estados mais violentos, conforme aponta a pesquisa, são São Paulo (18.406), Paraná (3.935), Minas Gerais (3.617) e Rio de Janeiro (1.589).
Em âmbito nacional, os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares dos atendidos e desconhecidos. Há ainda casos isolados de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde.
Os casos de violência envolvem ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, entre outros crimes, ocorridos dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes.
Em fevereiro deste ano, um médico de 27 anos foi agredido por um paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Dourados, a 251 km da Capital. Aparentemente em surto, o homem de 32 anos desferiu tapas e chutes no profissional.
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