Nova decisão judicial mantém bicheiro Rogério Andrade em MS até 2026
Justiça do RJ atendeu Gaeco para permanência do contraventor na Penitenciária Federal de Campo Grande
O bicheiro Rogério Andrade ficará até novembro de 2026 na Penitenciária Federal de Campo Grande, conforme decisão judicial que atendeu pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Rio de Janeiro. O contraventor seguirá isolado no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), o mais rígido do sistema penitenciário.
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O bicheiro Rogério Andrade permanecerá na Penitenciária Federal de Campo Grande até novembro de 2026, sob Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A decisão judicial atendeu ao pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Rio de Janeiro. A medida foi determinada após denúncias de que Andrade comanda uma organização criminosa responsável pela exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro, além de seu envolvimento em corrupção policial e no homicídio de Fernando de Miranda Iggnacio em 2020.
A medida revoga decisão anterior da 8ª Câmara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), que havia revogado o regime para o contraventor.
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A nova inclusão de Rogério no RDD, válida por mais um ano, foi deferida em 29 de setembro de 2025 pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) e ratificada nesta terça-feira (25) pela juíza corregedora substituta da unidade federal, Franscielle Martins Gomes Medeiros. O pedido se baseia na denúncia apresentada contra Rogério e contra Flávio da Silva Santos, conhecido como Flávio da Mocidade.
Segundo a denúncia, os dois comandam a principal organização responsável pela exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro, controlando pontos de jogo e travando disputas violentas com grupos rivais. O documento ainda detalha o envolvimento dos acusados na corrupção de forças policiais, com pagamento de propina a unidades das Polícias Civil e Militar.
Rogério foi preso inicialmente em outubro de 2024, após denúncia do Gaeco pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnacio, em novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes. A 1ª Vara Especializada, em ofício enviado à Oitava Câmara Criminal, destacou que ao contraventor são atribuídos diversos crimes e que ele é apontado como um dos principais líderes de organização criminosa do estado, justificando sua manutenção em um presídio federal. Em novembro daquele ano, foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande.
Reviravolta - No início deste mês, a Justiça do Rio tinha revogado o RDD do bicheiro, o que permitiria que ele deixasse a unidade federal e voltasse para sistema carcerário fluminense.
A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça havia entendido que Andrade não tem perfil para continuar no sistema penitenciário federal. O relator do processo, desembargador Marcius da Costa Ferreira, que assinou a decisão, disse que o RDD possui natureza excepcionalíssima e só deve ser aplicado quando verificada sua efetiva indispensabilidade.
“O custodiado não apresenta perfil compatível aos critérios do sistema penitenciário federal, evidenciando a existência de constrangimento ilegal, determino a transferência do paciente para o sistema prisional do estado do Rio para cumprimento da custódia cautelar”, diz a decisão.
Com a decisão da 1ª Vara Criminal Especializada, Rogério Andrade permanece em MS.
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