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Capital

“Vai morrer igual seu marido”, disse mulher que tentou atirar em vizinhas

Neta manhã, a suspeita passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada. O caso segue em investigação

Geisy Garnes | 11/03/2020 15:05
“Vai morrer igual seu marido”, disse mulher que tentou atirar em vizinhas
Cruzamento da Rua Araraquara, no extremo sul de Campo Grande, onde o crime aconteceu. (Foto: Reprodução)

Antes de tentar atirar nas duas vizinhas, de 19 e 20 anos, Shirley Medeiros de Jesus teria dito que a mais nova delas morreria como o marido, um adolescente de 17 anos assassinados a tiros no ano passado. A mulher de 32 anos foi presa por tentativa de homicídio na segunda-feira, 9 de março, e teve a prisão preventiva decretada nesta manhã.

Para a polícia, a jovem de 19 anos contou que as brigas com Shirley e o marido dela começaram dias antes e junto com as discussões, as primeiras ameaças de morte.

Em depoimento, ela relatou que na quarta-feira passada assistia futebol com as amigas e o marido da vizinha foi até sua casa para pedir que elas fizessem silêncio. Mesmo assim, uma das mulheres soltou uma bombinha. O homem então voltou a residência e fez as primeiras ameaças de morte contra a dona da casa.

Poucos dias depois, uma nova confusão entre o casal e a vítima aconteceu. Dessa vez envolvendo também a jovem de 20 anos e o marido dela, que é irmão do companheiro de Shirley. A briga seria resultado da cobrança de uma dívida de R$ 15.

Na segunda-feira, dia 9, a discussão teria começado entre as cunhadas. A jovem de 19 anos ouviu a briga e resolveu ver o que era, mas quando se aproximou para conversar com a vizinha foi novamente ameaçada por Shirley. Para a polícia, a vítima contou que a autora repetiu as mesmas palavras ditas pelo marido dias antes. “Você vai morrer igual o seu marido”.

O marido da vítima foi assassinado a tiros em julho do ano passado, no quintal de casa, aos 17 anos. Segundo a polícia, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 400 referente a venda de uma motocicleta roubada. Dois suspeitos foram identificados e indiciados pelo crime.

Revoltada com a insinuação, a jovem pediu para Shirley repetir a ameaça, que foi feita mais três vezes. A autora então entrou em casa e saiu novamente pouco depois, já com um revólver calibre 32 nas mãos. Ela apontou a arma para o peito da vizinha e disparou, mas o tiro falhou.

Para a polícia, a jovem afirmou que quando Shirley entrou em casa pegou um pedaço de pau, porque já esperava que ela saísse com uma faca ou algo parecido, mas que ao ver a arma entrou em estado de choque e não conseguiu se mexer. Ela ainda viu a suspeita dar um tiro para cima e mais uma vez o revólver falhar.

Neste momento, a cunhada de Shirley foi para cima dela, na tentativa de desarmá-la. Pela terceira vez, a mulher atirou. Apontou a arma para a parente e disparou, mas a munição “picotou”. Com um pedaço de madeira, a vítima conseguiu derrubar o revólver da mão dela. A mulher ainda se armou com um facão para tentar matar as vizinhas, mas foi impedida e agredida por moradores da região.

Na delegacia, a jovem de 20 anos contou que está grávida de dois meses e ouviu a cunhada ameaçar que arrancaria o bebê dela do útero. Relatou também que reagiu para proteger os moradores que estavam acompanhando a discussão, muitos deles crianças. Caso segue em investigação.

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