Após reportagem, deputado cobra melhorias na entrada do Bioparque
Caravina pede estacionamento acessível e lembra falhas já apontadas na entrada do complexo

Um dia depois da publicação de reportagem do Campo Grande News sobre a precariedade da entrada do Bioparque Pantanal, o deputado estadual Pedro Arlei Caravina (PSDB) apresentou indicação ao Governo do Estado e à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para a criação de um estacionamento estruturado no complexo, com vagas específicas para Pessoas com Deficiência.
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Deputado cobra melhorias na estrutura do Bioparque Pantanal após reportagem denunciar precariedade. A indicação ao Governo do Estado e à Agesul visa a criação de um estacionamento estruturado, com vagas para PcD, atendendo à Lei Brasileira de Inclusão. O parlamentar reforça a importância da infraestrutura adequada para um dos principais cartões-postais do estado. Reportagem do Campo Grande News expôs a falta de paisagismo e a precariedade do acesso ao Bioparque. Trailers de lanche e vendedores ambulantes ocupam o entorno, enquanto o calçadão improvisado e a ausência de arborização contrastam com a grandiosidade da obra. Especialistas e visitantes criticaram a falta de integração com o Parque das Nações Indígenas, defendendo uma reurbanização que valorize o bioma pantaneiro.
Segundo o parlamentar, o pedido já havia sido encaminhado anteriormente, mas foi reiterado diante da publicação do jornal. “O Bioparque é um dos principais cartões-postais do nosso Estado e não pode carecer de infraestrutura básica como um estacionamento estruturado e acessível. É uma medida fundamental para garantir conforto, segurança e organização aos visitantes”, afirmou.
Caravina destacou ainda que a adequação atende às exigências da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), reforçando o compromisso com acessibilidade e inclusão. “Estamos falando de um patrimônio turístico, cultural e educacional de referência nacional. Garantir uma estrutura condizente com sua grandiosidade é também valorizar a imagem do Mato Grosso do Sul”, disse.
O que a reportagem revelou - Na terça-feira (19), o Campo Grande News mostrou que, apesar da imponência do prédio projetado por Ruy Ohtake, a entrada do Bioparque Pantanal não acompanha a grandiosidade da obra.
À direita e à esquerda de quem chega, trailers de lanche sem padronização e vendedores ambulantes ocupam o espaço. O acesso é feito por um calçadão improvisado de brita que leva até uma cerca simples, antes de chegar à rampa revestida de granito que conduz ao aquário.
Outro ponto destacado é a ausência de arborização e de um paisagismo que integrasse o complexo ao Parque das Nações Indígenas. O espaço é árido, sem sombra, e não oferece um ambiente acolhedor para o pedestre. A professora Eliane Guaraldo, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), avaliou que a entrada “fica de fora do conjunto” e não proporciona a imersão no bioma que o visitante encontra dentro do aquário.

O arquiteto Bosco Delvizio, responsável pelo plano diretor do Parque das Nações, conversou com a reportagem e criticou a escolha do local e defendeu uma reurbanização que conecte o Bioparque ao parque. Para ele, a atual disposição deixa o prédio “de costas” para a área verde.
As críticas também foram compartilhadas por visitantes. Famílias de Mato Grosso do Sul e de outros estados afirmaram que a chegada ao maior aquário de água doce do mundo poderia ser mais caprichada e aconchegante, com elementos que valorizassem o Pantanal antes mesmo do início da visita.
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