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Capital

Assassina de ex-superintendente da Sefaz é condenada a 17 anos de prisão

Daniel Nantes Abuchaim foi morto a facadas no dia 19 de novembro de 2018

Liniker Ribeiro e Mirian Machado | 13/11/2020 14:31
Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, de 30 anos, durante julgamento nesta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, de 30 anos, durante julgamento nesta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, de 30 anos, foi condenada a 17 anos de prisão em regime fechado pela morte do ex-superintendente de Gestão de Informações do governo estadual, Daniel Nantes Abuchaim. O julgamento de Fernanda foi realizado nesta sexta-feira (13), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.

A sentença foi declarada pouco antes das 14h, pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, que levou em consideração a decisão do júri e retirou uma das qualificadoras, a que denunciava a ação por motivo torpe.

Durante julgamento, a defesa de Fernanda sustentou a tese de não haver provas suficientes que indiquem a autoria da mulher, mas a promotoria rebateu os argumentos e acusou ainda que Fernanda contou com ajuda de mais alguém para cometer o crime.

Já Fernanda voltou a dizer que um homem desconhecido foi responsável pela morte de Abuchaim, assassinado em motel de Campo Grande, no dia 19 de novembro de 2019. A morte a facadas teria ocorrido durante briga entre os dois, na cobrança de dívida.

Daniel foi morto em motel no Jardim Veraneio. Conforme laudo do Instituto de Criminalística, anexado ao processo, a geometria das manchas (esfregaços e arrasto) indica que a vítima foi morta a facadas dentro do box do chuveiro e arrastada até a garagem. O corpo foi jogado às margens de estrada vicinal.

"Eu não sabia que ele ia morrer”, chegou a dizer Fernanda, em depoimento. A declaração foi feita de forma presencial, no plenário, porém a leitura da sentença Fernanda acompanhou em sala alternativa, por meio de videoconferência.

Prisão - Fernanda foi presa pelo assassinato no dia 21 de novembro. Inicialmente, alegou que cometeu o crime sozinho, por vingança a um possível assédio contra a namorada. Dias depois mudou a versão, afirmou que Daniel foi morto por um desconhecido e que só assumiu o homicídio após ter sido ameaçada. Em depoimento à justiça, reforçou sua inocência e revelou ter sido sequestrada e forçada a participar do homicídio.

Ainda assim, foi pronunciada por homicídio qualificado e mandada para Tribunal do Júri. O julgamento deveria ter acontecido no dia 10 de junho, mas por conta das mudanças no plantão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, para contenção a disseminação do coronavírus, foi adiado.

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