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Capital

Autor se entrega 2 dias após homicídio em bar; vítima matou o próprio filho

“Baiano” se apresentou às autoridades dois dias depois de matar Durval Morales Gois a facadas em um bar na Vila Albuquerque; vítima cometeu crime em legítima defesa dezembro

Bruna Pasche | 12/01/2019 13:05
Casa onde Durval morava com o filho na Vila Albuquerque. (Foto: Arquivo)
Casa onde Durval morava com o filho na Vila Albuquerque. (Foto: Arquivo)

Durval Morales Gois, de 68 anos, que em legítima defesa matou o filho de 38 anos a golpes de punhal no início de dezembro na casa onde viviam na Vila Albuquerque, foi assassinado a facadas na quarta-feira (9), depois de ameaçar de morte um servente de pedreiro de 38 anos, em um bar no mesmo bairro. O autor, conhecido como “Baiano” se apresentou a polícia nesta sexta-feira (11), contando que no dia do crime foi até um bar no bairro onde vivia a vítima, por volta das 6h.

Durval chegou cerca de duas horas depois. Ele teria pedido algumas doses de cachaça e estava tomando cerveja quando começou a xingar as pessoas que estavam no bar.

Baiano, então, teria pedido para que ele respeitasse o local onde havia inclusive pessoas mais velhas. Os dois discutiram e, segundo o autor, Durval o ameaçou, dizendo que já havia matado uma pessoa e que não se importaria em matar outra, indo para cima dele. “Eu achei que ele estava com alguma arma na cintura e peguei a faca que estava na minha, o atingindo três ou cinco vezes porque se eu não atacasse ele, ele ia fazer comigo, estava apenas me defendendo”, relatou em depoimento.

Conforme informações do advogado de Baiano, Amilton Ferreira Almeida, depois do crime, o autor ficou com medo de ser atacado de volta e fugiu, passando em casa para pegar os documentos e indo para outro lugar não informado. “Quando passou o alvoroço, ele me contatou e decidiu se entregar porque está arrependido”, disse.

Amilton justificou que o cliente estava com uma faca no momento do crime por conta de seu trabalho e que ela é utilizada para abertura de sacos de cimento, por exemplo. Ferreira informou ainda que como baiano se apresentou juntamente com a faca utilizada, irá responder pelo crime registrado como homicídio doloso qualificado, em liberdade.

Caso Durval - Aos 63 anos, Durval Morales Gois matou o filho de 38 anos a golpes de punhal. O caso aconteceu por volta das 19h30 na casa onde os dois viviam, na Avenida Major Gumercindo Bruno Borges, na Vila Albuquerque, em Campo Grande. Roger Augusto Pereira Gois chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

De acordo com o boletim de ocorrência, foi o próprio pai que acionou o socorro. O filho foi encontrado ferido na sala com cinco golpes de punhal. A arma usada no crime foi apreendida. Durval relatou aos militares e a polícia que vinha sendo agredido constantemente pelo filho - dependente de álcool e droga. Roger tem várias passagens pela polícia. Há 20 dias, ele arrancou o dente do pai durante uma das agressões.

Um dia antes, Roger teria chegado em casa embriagado e tentado agredir o pai novamente. Foi quando Durval se armou e acabou o atingindo com vários golpes no peito e no abdômen. Ele foi socorrido, mas morreu ainda dentro da viatura dos bombeiros. Durval foi levado à delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado.

O delegado Hoffman D'Ávila, que atendeu a ocorrência, entendeu que o pai matou o filho por legitima defesa, pois constantemente sofria agressões. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, mas será investigado pela delegacia da área.

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