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Capital

Avenida Cônsul Assaf Trad é nova dor de cabeça em dias de temporal

Flávia Lima | 24/12/2014 09:52
Diego diz que dono da frutaria não quer deixar o local para não perder clientes. (Foto:Marcelo Calazans)
Diego diz que dono da frutaria não quer deixar o local para não perder clientes. (Foto:Marcelo Calazans)
Comerciantes reclamam que bocas de lobo estão sempre entupidas. (Foto:Marcelo Calazans)
Comerciantes reclamam que bocas de lobo estão sempre entupidas. (Foto:Marcelo Calazans)

As fortes chuvas que voltaram a castigar Campo Grande na manhã da última sexta-feira (19) deixaram em alerta os comerciantes da avenida Cônsul Assaf Trad, na saída para Cuiabá. O temor é que a água invada os estabelecimentos como ocorreu semana passada, durante a chuva que caiu na cidade e que em menos de uma hora provocou diversos estragos em bairros da Capital.

Na região da saída para Cuiabá a força da enxurrada que veio do bairro Nova Lima assustou os comerciantes. Eles contam que a água sobe tão rápido que fica difícil prevenir a inundação nos estabelecimentos comerciais. Hoje pela manhã, alguns donos de comércio que sofreram com a invasão da enxurrada na última quinta-feira estavam em alerta com medo do volume da chuva aumentar até o fim do dia. Segundo eles, um dos problemas são as bocas de lobo que estão sempre entupidas.

É o caso do atendente Diego Cardoso Nogueira, que trabalha em uma frutaria que fica bem na esquina do cemitério Cruzeiro. Ele conta que em dias de chuva forte sempre tem problema na região, e que semana passada a água chegou a subir até dois metros dentro do estabelecimento. “Perdemos algumas frutas e cascos de garrafa que saíram boiando na água. Sorte que os vizinhos ajudaram a recolher”, relata.

Para tentar proteger os produtos em dias de chuva forte, ele e o proprietário do local guardam parte da mercadoria dentro da frutaria, o mais longe possível da calçada.

Quem também sofre nos dias de chuva forte é o borracheiro Joanilson Sandim. Há 12 anos trabalhando na avenida, ele diz que quando chove muito a água impede a entrada de clientes em na borracharia e ele chega a perder meio dia de trabalho. “Só consigo voltar a trabalhar quando a água diminui”, diz.

A água também não poupa uma loja de tintas localizada na avenida. Segundo um dos responsáveis, que preferiu não se identificar, em 2010 foram perdidos vários produtos devido a enxurrada. Na semana passada ela ficou alagada o que acaba prejudicando o atendimento dos clientes. “A água entrou também no setor da fábrica , causando transtornos”, disse o responsável.

Mudança de endereço

Apesar dos prejuízos e do transtorno, os comerciantes alegam que não pretendem sair da região, principalmente para não perder a clientela já formada ao longo dos anos. É o caso do borracheiro Joanilson. “Já tenho meus clientes, não dá para sair daqui, é difícil encontrar outro lugar”, ressalta.

Na frutaria, a situação é a mesma. O atendente Diego conta que os imóveis dele e da vizinhança são alugados, com contrato que se forem quebrados, incidem multa. “Esperamos ver com a prefeitura o que pode ser feito aqui na região”, diz.

Segundo um dos responsáveis pela loja de tintas, o comércio já existe há seis anos na região, por isso é inviável uma mudança, principalmente porque ao lado também funciona a fábrica da loja, que é a matriz da rede.

Foto de morador em dia de temporal na Assaf Trad, no início do mês..
Foto de morador em dia de temporal na Assaf Trad, no início do mês..
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