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Capital

Comerciante agride equipe do Campo Grande News durante o trabalho

Profissionais estavam na calçada, que é pública, quando o dono de estabelecimento tentou expulsá-los

Marta Ferreira | 21/06/2020 16:30
Comerciante agride equipe do Campo Grande News durante o trabalho
Comerciante foi até a calçada para expulsar equipe do local, proferiu xingamentos e deu tapa no braço da repórter. (Foto: Reprodução de vídeo)

 A repórter Bruna Marques e o repórter fotográfico Paulo Francis, no exercício de seu trabalho pelo Campo Grande News, foram agredidos neste domingo (21) pelo dono de mercado na Avenida Guaicurus, na Vila Santa Eugênio. Paulo sofreu agressões verbais enquanto Bruna, além dos xingamentos, chegou a levar um tapa no braço, quando tentativa registrar a cena com o celular.

O episódio de desrespeito à atuação livre da imprensa aconteceu no meio da manhã, quando a equipe produzia reportagem sobre o comportamento das pessoas em relação às reuniões familiares aos domingos. A repórter estava na calçada em frente ao Santa Rita Hortifruti, conversando com um cliente, que havia se disposto a falar sobre o tema, quando o proprietário surgiu, bastante irritado, exigindo a saída dos profissionais do lugar.

Como eles estavam no passeio público, e não dentro do estabelecimento privado, continuaram com a entrevista. Foi aí que o comerciante passou a dirigir impropérios, primeiro em relação ao fotógrafo, depois para os dois trabalhadores.

Identificado como Davi Cornélio, ele chegou a chamar a equipe de “vagabundos, fdp” e acusar de não deixar “as pessoas trabalharem”.

Paulo Francis tentou argumentar que não estavam na loja e estavam desenvolvendo reportagem que sequer tinha a ver com o estabelecimento. Não adiantou.

Como as agressões verbais não paravam, a repórter teve a iniciativa de filmar. “Aí ele deu um tapa no meu braço”, conta Bruna Marques.

A cena foi vista por pessoas aguardavam do lado de fora. O cliente que dava a entrevista, de 51 anos, se prontificou a testemunhar em favor da equipe jornalística.

Boletim de ocorrência - Diante da agressividade, a Polícia Militar foi chamada. A equipe esteve no local, tentou falar com o comerciante, mas ele foi embora do lugar sem atender os policiais.

Funcionários não queriam, sequer, fornecer dados à equipe policial, que orientou os funcionários do Campo Grande News a prestar queixa na delegacia de Polícia Civil.

O caso foi registrado nesta tarde, na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Bairro Tiradentes, responsável pela região sul, para investigação de injúria e vias de fato.

O departamento jurídico do jornal foi acionado e vai dar todo o acompanhamento à equipe profissional, que exercia o direito assegurado na Constituição de produzir conteúdo para informar à população, ofício essencial em período de pandemia de novo coronavírus.

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