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Capital

Comerciantes alegam prejuízos causados por obras na rua Brilhante

Amanda Bogo | 01/08/2017 17:29
Militares trabalham em reparo de tubulação em frente a floricultura localizada no cruzamento das ruas Brilhante e Argemiro Fialho (Foto: João Paulo Gonçalves)
Militares trabalham em reparo de tubulação em frente a floricultura localizada no cruzamento das ruas Brilhante e Argemiro Fialho (Foto: João Paulo Gonçalves)

Comerciantes que possuem empresas na rua Brilhante, entre a rua Salgado Filho e a rua Argemiro Fialho, reclamam das obras de recapeamento que está sendo feito no local. Eles alegam que as vendas caíram drásticamente no último mês, e que não há previsão de quando elas terminem. 

Eduardo Binatto, 37 anos, é proprietário de uma floricultura localizada no cruzamento da rua Brilhante com a rua Argemiro Fialho. Ele conta que 95% das vendas cairam no último mês desde que as obras começaram em frente de sua loja.

“Eles não tem organização. Sabemos que é uma obra de melhoria e agradecemos, mas niguém do poder público nos deu uma satisfação sobre a situação. Eu estou na rua, correndo para poder conseguir pagar meus funcionários”, contou.

Parte da via está recapeada, enquanto a outra metade não foi finalizada (Foto: João Paulo Gonçalves)
Parte da via está recapeada, enquanto a outra metade não foi finalizada (Foto: João Paulo Gonçalves)
Veículo a venda em garagem coberto pela poeira das obras (Foto: João Paulo Gonçalves)
Veículo a venda em garagem coberto pela poeira das obras (Foto: João Paulo Gonçalves)

O empresário Filipe Muniz, 32 anos, possui uma garagem de veículos na mesma rua, e conta que o rendimento da loja caiu em 70%. “Não tem fluxo de carro, alguns clientes buscam pela internet, mas não conseguem chegar até aqui para ver os veículos. Para ter uma ideia, eu vendi um carro em um mês, e foi para um militar. Só eles (militares) passam por aqui” desabafou.

A poeira que sobe devido as obras entram na garagem de Muniz, que vê seus veículos ficarem todos sujos, prejudicando a qualidade do produto que vende. “Não rende limpar toda hora”.
Ele e outros dez empresários se reuniram com um advogado e afirmam que irão entrar com uma ação contra o município. “Eu entendo que é uma obra importante, mas em nenhum momento foi pensado nos comerciantes. A movimentação deveria ter reduzido, e não parado”.

A situação também incomoda funcionários, proprietários e alunos de uma academia, localizada na mesma via. “Os alunos precisam deixar o carro a duas quadras daqui e reclamam da falta de segurança, aí acabam não vindo. Eles reclamam da sujeira também. Nós limpamos a poeira, mas volta a ficar sujo muito rápido”, contou a educadora física Giovana Aranda, 33 anos.

Procurada pela reportagem para comentar a situação, a Prefeitura da Capital, por meio de sua assessoria de imprensa, informou apenas que o Exército realizará na próxima terça-feira (1º) uma coletiva de imprensa para apresentar os balanços das obras.

Obras - Setenta militares do Exército trabalham nas obras de recapeamento que começaram na rua Guia Lopes da Laguna, no trecho entre a avenida Afonso Pena e a rua Brilhante, desde fevereiro deste ano.

Nesta nova etapa, iniciada em março, os trabalhos são feitos na pista da esquerda da via para a construção do corredor sudoeste do transporte coletivo, que terá 12,3 km de extensão, indo até o terminal Aero Rancho.

A via é a primeira de um conjunto de quatro, que passarão, ao longo de dois anos, por restauração, fruto de convênio com a Prefeitura de Campo Grande no valor de R$ 24 milhões. No total, são 12 km de obras.

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